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Moraes reabre inquérito sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF

Foto: Luiz Silveira/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou nesta quinta-feira a retomada das investigações sobre suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República, que reconsiderou o arquivamento de 2022 e solicitou diligências complementares.

A manifestação, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, aponta elementos para aprofundar a apuração, com base em diálogos entre Bolsonaro e o então ministro da Justiça, Sergio Moro, nos quais o presidente teria dito “Moro, o Valeixo sai essa semana”, “Isto está decidido” e “Você pode dizer apenas a forma”, além de compartilhar reportagem sobre investigações envolvendo deputados bolsonaristas com a frase “mais um motivo para a troca”.

Segundo a PGR, há indícios de que a troca no comando da PF e os pedidos de mudança nas superintendências do Rio de Janeiro e de Pernambuco buscavam acesso a informações sigilosas e influência em investigações sensíveis.

Em junho, a PF apontou a participação de Bolsonaro em esquema de espionagem ilegal na Abin; ele não foi indiciado naquele relatório porque já respondia por organização criminosa no processo da trama golpista, no qual foi condenado no mês passado.

O caso teve início em abril de 2020, após acusações públicas de Sergio Moro; em março de 2022, a PF concluiu não haver crime para ambos e, em setembro de 2022, a então vice-procuradora-geral Lindôra Araújo solicitou arquivamento.

Encaminhamento: a investigação segue em andamento, e cabe à PGR decidir sobre eventual denúncia contra Bolsonaro e 36 indiciados com base nas diligências autorizadas.

Com informações de O Globo.

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