Um instrutor de academia de 28 anos foi preso preventivamente em Guarapuava, no centro do Paraná, sob a suspeita de ter estuprado uma adolescente de 15 anos durante uma avaliação física. O caso ocorreu no dia 7 de outubro, mas veio à tona uma semana depois, quando a jovem revelou o ocorrido em uma sessão de terapia.
De acordo com o relato da vítima registrado no boletim de ocorrência, o instrutor, identificado como Igor Rocha de Sousa, teria começado a tocar seu corpo de forma excessiva durante o procedimento. Em seguida, ele teria retirado suas roupas sem consentimento e a obrigado a manter relação sexual, pedindo depois que ela não contasse a ninguém.
A família, ao tomar conhecimento do fato por meio da psicóloga, procurou a Polícia Civil, que deu início às investigações. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi acionado e, após ouvir testemunhas, solicitou a prisão preventiva do suspeito. Igor foi detido no dia 22 de outubro.
A 12ª Promotoria de Justiça de Guarapuava, especializada nesse tipo de crime, informou que as testemunhas ouvidas reforçaram as suspeitas. O próximo passo será a oitiva da vítima por meio do procedimento de Depoimento Especial.
Igor atuava como instrutor mesmo sem possuir registro no Conselho Regional de Educação Física, órgão que regulamenta a profissão.
O que diz a defesa
Por meio de nota, o advogado de defesa, Dr. Gilker Rocha, afirmou que o cliente é réu primário e que as acusações são baseadas em “relatos de terceiros e documentos preliminares”. A defesa destacou o princípio constitucional da presunção de inocência e contestou a materialidade do crime, alegando que o laudo pericial não comprovou a ocorrência de violência ou constrangimento e foi inconclusivo quanto à data da lesão constatada. O escritório se comprometeu a atuar para “demonstrar a fragilidade dos indícios” e comprovar a inocência do acusado.
As investigações, que estão sob sigilo judicial por envolver uma vítima adolescente, continuam em andamento.















