O Instituto Ambiental de Maringá constatou que os canais de drenagem abertos no Parque do Ingá para conduzir água de chuva ao lago não atingiram a eficiência prevista. Mesmo com alto volume de precipitações em setembro e outubro, o nível d’água não apresentou o resultado esperado.
Segundo o presidente do IAM, José Roberto Behrend, o acompanhamento técnico foi feito em três dias de chuvas significativas após a conclusão das obras iniciadas em 2024: 22 de setembro, com 40 milímetros, 14 de outubro, com 43 milímetros, e 18 de outubro, com 78 milímetros.
O ponto mais crítico está no canal oeste, que não apresentou escoamento mesmo durante chuvas intensas. O diagnóstico preliminar indica erro de concepção hidráulica, com desnível insuficiente para levar a água até o vertedouro no ponto de entrada.
No canal leste também foram observadas ineficiências. A posição das grades reduziu a autolimpeza do sistema, favorecendo acúmulo de folhas, bloqueios no fluxo e transbordamentos, o que aumenta a necessidade de manutenção.
Apesar das falhas, o IAM aponta melhora modesta do nível do lago, estimada em 12 centímetros, com a água acumulada mantendo-se sem absorção rápida pelo solo. A expectativa do órgão é que, com as correções e o atingimento da eficiência de projeto, haja aumento significativo do nível do lago.
O IAM notificou os responsáveis pelas etapas de estudo, projeto e execução para apresentação de esclarecimentos técnicos e documentais e avalia medidas corretivas para aperfeiçoar a drenagem e assegurar a eficiência e a sustentabilidade das intervenções.
Até o momento, os gastos somam R$ 2.058.747,55, sendo R$ 268.748,00 na etapa de planejamento, entre estudos e projetos, e R$ 1.789.999,55 na execução das obras.
Com informações de GMC.















