Um homem de 22 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Nova Esperança por provocar o acidente que matou a namorada Isadora Boscariol Rossini, 19 anos, em maio deste ano, na BR-376. A investigação conduzida pelo delegado Diego Troncha aponta combinação de embriaguez, velocidade extrema e disputa de racha. Segundo a polícia, o veículo percorreu 23 quilômetros em cerca de 9 minutos, com média de 153 km/h.
De acordo com o inquérito, o motorista bebeu duas garrafas de vodca em uma casa noturna de Maringá antes de seguir em alta velocidade em racha com outros carros. No veículo estavam Isadora e uma amiga, ambas de 19 anos. Imagens de câmeras e registros de radares mostram o momento em que o carro perde o controle e invade uma propriedade rural no trecho entre o Distrito de Iguatemi (Maringá), Mandaguaçu e Presidente Castelo Branco.
O indiciamento foi por homicídio com dolo eventual e lesão corporal. Para a polícia, ao beber, participar de racha e atingir velocidade muito acima do permitido, o condutor previu o risco de um desfecho trágico e mesmo assim prosseguiu, configurando que assumiu o risco de matar. Outro homem, de 23 anos, que dirigia um segundo carro, foi indiciado por disputa de racha.
A amiga de Isadora ficou ferida e sobreviveu. Na data do acidente, o motorista chegou a ser preso, pagou fiança de R$ 2 mil e responde em liberdade. O inquérito foi remetido ao Ministério Público do Paraná, que decidirá sobre denúncia. Se a acusação for proposta e aceita pela Justiça, o caso poderá ir a júri popular.
Durante a apuração, a polícia registrou contradições de testemunhas sobre o consumo de álcool. As versões foram refutadas por policiais rodoviários estaduais, que atestaram a embriaguez do indiciado na época. Outras testemunhas admitiram ter ocultado prova, retirando e descartando uma garrafa de vodca que estava no carro.
Com informações de G1.
