A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro emitiu um alerta sobre um novo tipo de golpe que vem sendo aplicado por telefone e ficou conhecido como o “golpe do roubo da voz”. Segundo o órgão, estelionatários têm se passado por agentes públicos ou representantes de delegacias de polícia para entrar em contato com as vítimas e obter gravações de voz que são posteriormente manipuladas e usadas em fraudes.
Com um discurso convincente e tom “oficial”, os criminosos afirmam estar tratando de uma ocorrência policial e induzem a vítima a responder perguntas simples. A conversa é gravada e, em seguida, utilizada para criar áudios falsos com a voz da pessoa, com o objetivo de enganar parentes ou amigos e obter vantagens financeiras.
“Os golpistas pretendem obter o padrão de voz das vítimas e, a partir daí, usando ferramentas disponíveis na internet, criam falas e as reproduzem para tentar enganar outras pessoas”, explicou o subsecretário de Inteligência da Secretaria, Pablo Sartori.
Ele destacou que o golpe é uma demonstração da sofisticação das quadrilhas: “Os criminosos estão cada vez mais sofisticados. É fundamental que a população esteja atenta e adote medidas simples de checagem, como realizar uma videochamada para confirmar a identidade da pessoa.”
A secretaria reforçou que não realiza contatos telefônicos para solicitar dados pessoais e informou que todos os casos relatados estão sendo investigados. Qualquer ligação desse tipo deve ser tratada com desconfiança e confirmada pelos canais oficiais.
A Polícia Civil também orienta que os cidadãos façam contato diretamente com as delegacias, utilizando os telefones funcionais disponíveis no site da instituição.
Entre as principais recomendações das autoridades estão:
-
Desconfiar de ligações inesperadas em nome de órgãos públicos;
-
Evitar fornecer informações pessoais ou financeiras por telefone;
-
Confirmar a identidade do interlocutor por meio de videochamada ou outros canais seguros;
-
Em caso de suspeita, procurar a delegacia mais próxima ou registrar o fato na Delegacia Online.
Com informações de G1.
