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Professores e educadores de Maringá aprovam indicativo de greve para o dia 29

Professores e educadores de Maringá realizaram uma assembleia na noite desta quarta-feira, 14, e aprovaram um indicativo de greve para o dia 29 de setembro

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar), a prefeitura não está cumprindo o piso nacional do magistério. No início do ano, o Governo Federal reajustou o piso em 33,24%, e com isso, o salário foi para R$ 3.845,63.

No primeiro trimestre do ano, a prefeitura de Maringá reajustou o salário dos servidores em 10,6%. Com isso, de acordo com o sindicato, houve uma aproximação com o piso nacional, mas ainda há uma defasagem de 9,22% para os professores e 61% para os educadores.

A presidente do sindicato Priscila Guedes, afirma que a prefeitura ainda não apresentou nenhuma proposta de equiparação.

“Eles disseram para a gente em ofício que eles gostariam de vincular a implementação da revisão do plano de carreira do magistério, o que no nosso entendimento é muito ruim, visto que não tem uma data para o termino para essa revisão, a defasagem é hoje, não dá para esperar tanto tempo, a prefeitura precisa apresentar uma solução”, afirmou.

Ainda segundo o sindicato, Maringá possuí 3.454 professores que atendem cerca de 40 mil alunos. “O prefeito pode chamar a gente a qualquer hora para a negociação, o único cidadão maringaense que pode impedir a greve é o prefeito”, comentou a presidente.

A prefeitura de Maringá emitiu uma nota sobre a reivindicação dos professores e disse que a portaria do Governo Federal que concedeu o reajuste não tem validade.

Leia na íntegra a nota da prefeitura:

A Prefeitura de Maringá discute constantemente melhorias, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal e do teto estabelecido pelo limite prudencial, para promover avanços para as diversas categorias, atendendo a pauta histórica de reivindicações dos servidores.

Em relação ao piso salarial dos professores, o município destaca que, conforme determina a Constituição Federal, apenas a portaria emitida pelo governo federal para o reajuste salarial não tem validade. Esse benefício deve ser feito, obrigatoriamente, por lei específica. Entretanto, a Prefeitura de Maringá já paga hoje aos professores um salário acima do referido piso nacional.

Em relação aos educadores infantis, a gestão reforça que não há piso salarial regulamentado para a função. No entanto, a prefeitura reconhece a necessidade de avanços para essa e mais algumas categorias do funcionalismo público.

Considerando que já há aos professores o pagamento de salário acima do referido piso, o município se coloca à disposição para analisar os avanços possíveis no momento atual para os educadores, que apresentam uma defasagem salarial histórica, incluindo a possibilidade da criação de uma comissão com representantes da categoria para analisar quais reivindicações, dentro do atual cenário do limite prudencial, podem ser atendidas.