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Edição 2024 do Prêmio Oceanos tem 2.627 livros inscritos

Um dos mais importantes prêmios literários entre os países de língua portuguesa, o Oceanos divulgou o balanço da edição de 2024.

No total, foram inscritos 2.627 livros de autores residentes em 28 países – 1.207 são poesias, 839 são romances, 389 são contos, 158 são crônicas e 34 são dramaturgias. Essas obras foram publicadas por 401 editoras de seis países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Itália, Moçambique e Portugal.

Participam da premiação escritores de 15 nacionalidades: Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Espanha, Guiné-Bissau, Índia, Itália, Moçambique, Palestina, Portugal, São Tomé e Príncipe e Uruguai. Um aumento de 25% em relação ao ano passado na quantidade de nacionalidades concorrendo ao prêmio.

A lista completa está no site: premiooceanos2024.associacaooceanos.org

Segundo levantamento da reportagem, pelo menos cinco editoras paranaenses estão com obras inscritas na premiação.

A de maior volume é a Toma Aí Um Poema (TAUP), uma iniciativa capitaneada pela poeta curitibana Jéssica Iancoski. Como o próprio nome diz, é dedicada a publicar poesia e de autores estreantes. Mas abre espaço para crônica e romance. “Nosso objetivo é criar um espaço onde poetas e amantes da poesia possam se unir e compartilhar sua paixão pela arte. E isso começa com nossos livros, que são projetados com muito cuidado para garantir a melhor experiência de leitura possível”, diz a editora, em sua descrição.

A reportagem contabilizou pelo menos 90 títulos no Oceanos, o que dá mostra de seu catálogo.

Já a Kotter Editorial, figura com 13 obras inscritas: “A água volta como memória”, de Silvino Ferreira Jr.; “A marca dos retratos na parede não é apenas ação do tempo”, de Paulo Venturelli; “Aporia”, de Bruno Velosa; “Conjura”, Luis Maffei; “De Versos Sentidos”, de Paulo Esdras; “Entrelaçamentos e urbanidades-poética e política”, de Silvia Schmide de Carvalho; “Gestos do instante”, de Genisson Angelo Guimarães; “Girassóis & burakos negros”, de Cátia Cernov; “Girassóis e burakos negros”, de Samir Gid; “Livro da vacuidade e da demanda do vento”, de Henrique Levy; “Lumes de Memórias e Outras Alumiações”, de Nadia Barbosa; “Pássaros Noturnos”, de Antonio Carlos Lopes Petean; “Quando o improvável acontece”, de Carla Carmelo.

Com endereço em Curitiba, a Kotter tem foco editorial em humanidades e artes, notadamente filosofia e literatura. Ou, de modo mais detalhado, envolve: Clássicos universais; Literatura Brasileira Contemporânea, nos gêneros poesia, conto, crônica e romance; obras de cunho ensaístico, artístico e acadêmico.

Telaranha Edições

Por sua vez, a Telaranha Edições, que abriu recentemente uma livraria de rua em Curitiba, vem com três obras poéticas inscritas: “A Paulista não termina na Consolação”, de Leo Gaede; “Furonofluxo”, de Fernanda Marra; e “Doce mal permanente”, de Leonardo Marona.

Com sede em Curitiba (PR), a Telaranha é uma casa de publicação de literatura, artes visuais e ciências humanas que se propõe a pensar o texto em suas diferentes configurações, concebendo a edição como um vértice entre livros e leitores. A coordenação é de Bárbara Tanaka e Guilherme Conde Moura Pereira.

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Capa de livro publicado pela Telaranha (Crédito: Reprodução)

Viseu

E a Viseu é uma editora de Maringá, com três obras inscritas: “Descobertas ao Mar”, de Thiago Pinheiro; “Espectro”, de Olympuz; “Trilogia Porvir – Filosofia Poética”, de Alexandre Lima.

É uma casa que nasceu em 2011. De lá para cá, são mais de 7.000 títulos publicados e mais de 2 milhões de cópias vendidas.

Finalizando, a curitibana Appris aparece com “Nas Sílabas do Vento”, de José de Sousa Miguel Lopes, via selo Artêra Editorial.

Autor
Entre os autores, Breno Pitol Trager é poeta residente em Maringá. Seu livro “Ico No Kratos” (Pragma Livros) está no Oceanos 2024.

Cronograma
O Prêmio Oceanos agora entra na etapa de avaliação das obras, que se encerra no dia 13 de agosto.

A premiação acontece em três etapas. Na primeira, os livros inscritos são lidos e avaliados por um júri internacional composto por escritores, poetas, professores e críticos literários de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal. Após essa avaliação, em agosto são anunciados os semifinalistas de poesia e de prosa e/ou dramaturgia.

Em uma segunda etapa, o júri intermediário seleciona os finalistas nas duas categorias, lista anunciada em outubro. Por fim, na terceira etapa, o júri final elege os dois vencedores – um de poesia e outro de prosa e/ou dramaturgia-, em dezembro. Este ano, a premiação é de 300 mil reais, 150 mil para cada um dos ganhadores.

Duas categorias
Pelo segundo ano consecutivo, as inscrições são divididas em duas categorias: poesia e prosa (romance, conto, crônica) e dramaturgia, que contam com júris específicos para a avaliação das obras. A divisão permite uma análise mais qualificada que contempla a especificidade dos diferentes gêneros literários.

A curadoria do Oceanos é formada por Matilde Santos, presidente do Conselho Diretivo da Biblioteca Nacional de Cabo Verde; João Fenhane, Diretor da Biblioteca Nacional de Moçambique; e pelos jornalistas Isabel Lucas, de Portugal; e Manuel da Costa Pinto, do Brasil. Com coordenação da gestora cultural luso-brasileira Selma Caetano.

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