O Ministério da Saúde atualizou nesta segunda-feira (20) o balanço sobre intoxicação por metanol associada a bebidas alcoólicas adulteradas: são 104 notificações, com 47 casos confirmados e 57 em investigação, além de 578 ocorrências descartadas. As confirmações se concentram em São Paulo (38), Paraná (5), Pernambuco (3) e Rio Grande do Sul (1). Há seis mortes em São Paulo, duas em Pernambuco e uma no Paraná, totalizando nove óbitos. Em paralelo, outro consolidado da pasta menciona oito mortes e 46 casos confirmados; a diferença decorre de atualizações em tempo real entre estados e o ministério.
No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou a primeira morte: um homem de 55 anos, morador de Foz do Iguaçu, que procurou atendimento com fortes dores abdominais e teve metanol confirmado em exame laboratorial. O estado soma 22 notificações, com cinco confirmações (uma com óbito), 14 descartes e duas investigações em andamento. Outro óbito no município está sob apuração.
Para acelerar diagnósticos e suporte às equipes, o ministério montou sala de situação e ampliou a rede de referência: o CIATox da Unicamp passa a integrar o sistema e poderá realizar até 190 exames por dia, e a Fiocruz também disponibilizará seu laboratório a estados. A pasta anunciou a chegada do fomepizol, antídoto que bloqueia a ação tóxica do metanol, com distribuição aos centros de toxicologia. Em nota conjunta, o Ministério da Saúde e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira orientam reconhecimento precoce do quadro, administração imediata de etanol ou fomepizol, encaminhamento dos casos graves à UTI e notificação compulsória às autoridades sanitárias.
Entre os casos ainda sob investigação, São Paulo concentra 19 registros, seguido de Pernambuco (26), Rio de Janeiro (2), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (1), Goiás (1), Paraná (2), Bahia (1), Minas Gerais (1) e Tocantins (1). As autoridades reforçam o alerta à população para não consumir bebidas sem procedência comprovada e para procurar atendimento imediato diante de sintomas suspeitos após ingestão de álcool.
Com informações de G1.
