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“Eu gritava, só que ninguém conseguia ouvir”, diz mulher que viveu 17 anos em cárcere

Luiz Antônio Santos Silva, suspeito pelos crimes, usava caixas de som para que os vizinhos não ouvissem o barulho dentro da casa

A mulher que viveu em cárcere privado e em condições precárias por 17 anos, junto com os filhos de 19 e 22 anos, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, contou que chamava e gritava por ajuda, mas os vizinhos não escutavam.

“Eu fiquei 17 anos em cárcere privado, sofrendo maus-tratos. Ficava sem comida, sem água e apanhando. Meus filhos também: amarrados, apanhavam de fio. E ele enforcava a gente também. Ele já era agressivo mas, com o decorrer dos anos, foi piorando mais. Eu chamava, gritava, só que os vizinhos falavam que não conseguiam escutar. Ninguém conseguia ouvir”, disse em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida no último domingo, 31.