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Rogério Caboclo, presidente da CBF, é afastado do cargo por acusação de assédio sexual e moral

Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Rogério Caboclo, não é mais presidente da CBF por prazo pré-determinado de 30 dias, neste domingo, ele foi afastado por uma determinação da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, após o ge revelar que uma funcionária da entidade o acusou de assédio sexual e moral.

A CBF foi notificada da decisão e divulgou nota nesta tarde. Informou que o processo vai seguir rito sigiloso. Confira:

“A CBF informa que recebeu na tarde deste domingo, 6, decisão da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro suspendendo temporariamente (pelo prazo inicial de 30 dias) o Presidente Rogério Caboclo do exercício de suas funções. Seguindo o Estatuto da entidade, toma posse interinamente, por critério de idade, o vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima. A decisão é sigilosa e o processo tramitará perante a referida Comissão, com a finalidade de apurar a denúncia apresentada.”

Na denúncia, a funcionária detalha o dia em que o dirigente, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se “masturbava”, relatando também um episódio onde Caboclo tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”. De acordo com o relato da funcionária, que trabalha há oito anos na CBF, Caboclo fazia consumo de álcool durante o expediente. Ela era obrigada a esconder garrafas no banheiro para que o dirigente pudesse beber sem ser notado. Também cabia a ela recolher as garrafas vazias. Em viagens, era orientada a pedir bebidas alcoólicas para ele nos hotéis – mas marcar o consumo no quarto dela.

A funcionária também afirma que Caboclo tentou controlar seus relacionamentos dentro da CBF e pediu que ela mudasse a maneira de se vestir – teria até oferecido dinheiro a ela para comprar novas roupas. Após seguidos episódios, ela pediu licença por motivos de saúde. O presidente da CBF, então, ofereceu um acordo a ela – em troca de dinheiro, ela teria que negar a existência dos abusos e teria que mentir quando fosse perguntada sobre o assunto. Ela recusou e fez a denúncia.

Rogério Caboclo diz nunca ter comido nenhum tipo de assédio e que apresentará provas no processo da Comissão de Ética, criada em 2017 – e sairá de cena no momento de atrito entre comissão técnica e jogadores da seleção brasileira antes da Copa América. Tite e o grupo de atletas prometem se manifestar na terça-feira sobre a realização do torneio no país.

Fonte: Globo Esporte