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Sérgio Moro toma posse no Senado

Eleito com quase 2 milhões de votos no estado do Paraná, Sérgio Moro assumiu nesta quarta-feira, 1º, a vaga de senador, na cadeira que até então era ocupada por Álvaro Dias (PODE).

O ex-ministro promete um mandato que tenha como mote a melhora dos mecanismos de prevenção, detecção e responsabilização por atos de corrupção, além de questões que tragam melhorias para todo o país.

Moro tem 50 anos, nasceu em Maringá (PR), foi jurista, magistrado e professor universitário. É formado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá, tem mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná, e ficou conhecido nacionalmente quando atuou como juiz federal no julgamento de casos da Operação Lava Jato, que durou de março de 2014 a fevereiro de 2021, e cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, prisão temporária, prisão preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais.

Após deixar a magistratura, Moro ocupou o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública e, em 2021, após uma rápida passagem pelo Podemos, ingressou no União Brasil, onde anunciou sua candidatura para o Senado, representando o estado do Paraná.

No Senado, Moro promete defender uma agenda forte com temas anticorrupção, mas destaca que não ficará restrito somente a estes assuntos. “Tenho pautas bastante específicas que fazem parte da minha história e que vou lutar para que possamos melhorar o Brasil. O combate a corrupção e a integridade na política são duas questões indissociáveis, assim como a segurança pública. Mas também quero estar envolvido em todos os assuntos que sejam relevantes para os brasileiros, incluindo temas de economia, política social, saúde, educação, entre outros. Podem ter certeza que serei um senador muito presente no cotidiano e nas atividades políticas dessa casa”, declarou.

Moro afirma também que sua atuação acontecerá com base em diálogo com os demais parlamentares. “Ter diálogo com os demais senadores, ouvir diferentes opiniões e poder chegar no melhor resultado é essencial para todos”, reforça. O senador também destacou temas que devem ser tratados logo no início do mandato. “Temos pontos que precisamos trabalhar como prioridade: prisão em segunda instância, que é uma questão de justiça acima de tudo; o fim do foro privilegiado que, não é porque agora fui eleito senador que vou passar a ser um defensor, ao contrário, defendo a supressão total; e voltar a discutir a autonomia das agências responsáveis pelas investigações e combate ao crime”, finalizou.

Durante a campanha, Sergio Moro passou por grandes, médias e pequenas cidades do seu estado e uma das promessas foi ser um senador bastante presente e atento às necessidades da população. A postura deve permanecer por todo seu mandato, não ficando restrita à Brasília e Curitiba. Pouco antes de tomar posse, o senador já visitou algumas regiões onde agradeceu e ouviu os eleitores.

Junto com Moro, o advogado Luis Felipe Cunha (44), assume o compromisso como primeiro suplente, e o empresário Ricardo Guerra (44), como segundo suplente, ambos filiados ao União Brasil.

O parlamentar já declarou seu apoio para Rogerio Marinho presidir o senado. Nas redes sociais ele afirmou que seu voto será a favor de uma oposição firme ao Governo do PT e que é contra radicalismos e a favor de uma alternativa democrática para o país.