CIDADE

Pint of Science vai discutir atuação científica fora do ambiente acadêmico

Divulgar a ciência produzida pela comunidade acadêmica de Maringá e região, por meio de uma conversa descontraída, com pessoas sentadas à mesa de um bar. É isso que um grupo de pesquisadores e alunos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está programando para a próxima terça-feira, 14, e quarta. Será o Pint of Science 2024, que vai mobilizar universitários e a sociedade em Maringá e em outras 178 cidades do País.

 

Aproximar a ciência da população de forma descontraída e acessível é o principal objetivo do festival, que busca estabelecer um diálogo aberto e informal entre os cientistas e o público, proporcionando uma experiência única e divertida. O evento se resume na realização de palestras em locais não acadêmicos e de acesso livre ao público. A ideia é contribuir para a popularização do conhecimento científico e mais: “formar discentes para atuarem na extensão universitária, que passa pela organização de eventos sobre ciência”, diz a professora Ana Paula Vidotti, uma das organizadoras do Pint, em Maringá.

 

Você já comeu um dinossauro hoje?

Na terça-feira, 14, o público vai conversar com professor doutor Lucas César Frediani Sant’ana, do Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Ivaiporã, sobre o tema “Você já comeu um Dinossauro hoje?” O bate-papo será na Horus Cervejaria Artesanal, na Rua Néo Alves Martins 1552, Centro de Maringá.

 

Na quarta-feira, a discussão vai girar em torno da temática “Hackeando seu cérebro pra felicidade”. Serão duas professoras doutoras da UEM no ‘comando’, Débora de Mello Gonçales Sant’Ana e Linnyer Beatrys Ruiz Aylon.

 

Linnyer e Débora vão conversar com o público no Atari Bar, Avenida Prudente de Morais, próximo ao Estádio Willie Davids.

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O Pint of Science é uma forma descontraída de discutir ciência Foto: Reprodução

 

Essa é a terceira edição do Pint of Science em Maringá. Em 2019, antes da pandemia, cerca de 300 pessoas participaram, por dia, durante as três noites, de palestras organizadas em quatro bares da cidade. Em 2023, quando o evento voltou a ocorrer, a organização contabilizou a participação de 500 pessoas nos quatro diferentes bares envolvidos. “Os convidados elogiaram os temas e as discussões, que foram excelentes. Nossos voluntários deram um show na organização e esperamos repetir a dose em 2024, e lotar os momentos de debate”, comemorou a coordenadora do evento, a professora Claudia Bonecker.

 

O Pint of Science de Maringá é uma proposta do Centro de Ciências Biológicas da UEM. O Evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), com o apoio do Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), o Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada (PGB) e o Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi).

 

Saiba mais sobre o Pint

O Brasil é o país que terá o maior número de cidades participando do festival este ano. Em 2023, já houve um recorde de participação com 120 cidades desenvolvendo atividades ligadas à iniciativa, marca superada este ano, com a inclusão de 41 cidades que nunca sediaram o Pint. 179 cidades de todas as regiões vão brindar a ciência entre os dias 13, 14 e 15 de maio. “Falar sobre ciência não é apenas uma escolha, mas uma necessidade para enfrentar desafios presentes e futuros”, diz o coordenador nacional do evento, Luiz Almeida.

 

Em 2012, Michael Motskin e Praveen Paul, na época pesquisadores do Imperial College London, organizaram um evento chamado Encontro com pesquisadores, trazendo aos laboratórios pessoas acometidas por Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla para mostrar o tipo de pesquisa que estavam realizando. A experiência foi tão inspiradora que os dois cientistas pensaram: por que os pesquisadores não podem sair de seus laboratórios para encontrar as pessoas? Foi assim que nasceu o Pint of Science, com a primeira edição acontecendo, na Inglaterra, em maio de 2013.

 

No Brasil, a história começa em 2015, quando o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, realizou a iniciativa, pela primeira vez, em uma cidade da América do Sul. De lá para cá, o festival foi ampliando seu impacto e expandindo-se pelo país, até que veio a pandemia de Covid-19, o que obrigou a adaptação do modelo para versões online em 2020, 2021 e 2022.

Assessoria

 

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