A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal, deflagrou nesta quarta-feira, 5 de novembro, uma ação contra uma organização criminosa interestadual que desviava recursos do FGTS e do Auxílio Emergencial de contas da Caixa Econômica Federal. Cerca de 100 policiais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Niterói, além de São Paulo, Várzea Paulista, Indaiatuba e Salto.
A Justiça Federal determinou o sequestro de bens de aproximadamente R$ 45 milhões e impôs medidas cautelares a 21 investigados, como recolhimento de passaporte, proibição de deixar o país e o estado, proibição de contato entre os suspeitos e comparecimento mensal em juízo para informar atividades.
Segundo a PF, o grupo obtinha de forma ilícita dados sigilosos de beneficiários e correntistas e falsificava documentos para acessar as contas, inclusive pelo aplicativo Caixa Tem. A partir disso, realizava saques fraudulentos e pagamentos de boletos digitais, subtraindo valores destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade. A investigação também identificou o uso de conexões de internet registradas em nome de terceiros para burlar rastreamentos.
De acordo com o delegado federal Renato Gentile, chefe da Delegacia de Crimes Cibernéticos da PF no Rio de Janeiro, os R$ 45 milhões bloqueados representam valores movimentados pela organização nos últimos quatro anos. Além do bloqueio, foram apreendidos veículos, joias e outros objetos de luxo, além de celulares e mídias que serão periciados.
Os investigados foram indiciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado pela fraude. Também são apurados uso de documento falso, falsidade ideológica, peculato e furto. As investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos e garantir a responsabilização dos autores.
Posicionamento da Caixa
Em nota, a Caixa informou que monitora continuamente produtos, serviços e transações, e que possui políticas e procedimentos de segurança para proteção de dados e operações. Em caso de movimentação não reconhecida, o cliente pode contestar em uma agência, com documentos de identificação. As contestações são analisadas individualmente e, quando procedentes, há ressarcimento; o resultado é comunicado exclusivamente ao cliente, conforme a Lei de Sigilo Bancário.
Orientações aos correntistas
• Não forneça senhas ou dados de acesso em outros sites ou aplicativos.
• Desconfie de links suspeitos, que podem instalar programas espiões.
• Mantenha navegadores e antivírus sempre atualizados.
• A Caixa nunca solicita senha e assinatura eletrônica na mesma página; a assinatura é digitada apenas no teclado virtual.
• A Caixa não envia SMS com link.
• Senhas e cartões são pessoais e intransferíveis; evite armazenar senhas em celulares ou computadores.
Com informações de Agência Brasil.
