A cidade, que é a Capital Estadual da Laranja, tem pelo menos quatro fábricas de suco e cinco mil trabalhadores dependem diretamente da atividade com empregos nas fábricas e no campo.
Mas a produção de laranja está ameaçada por uma doença que ataca a fruta e não tem cura: o greening.
Se nada for feito, a previsão é que os pomares de laranja no município podem desaparecer em até cinco anos.
A doença está presente nas Américas, África e Ásia, além de ser de difícil controle e se disseminar rapidamente, é altamente destrutiva aos pomares.
No estado da Flórida, nos Estados Unidos, que já foi referência na produção de suco de laranja, o greening destruiu a citricultura, que no ano passado teve a pior safra desde a identificação da doença, em 2005.
Os primeiros casos no Brasil foram identificados no interior de São Paulo, mas agora o greening se espalha fortemente pelo noroeste do Paraná. Cidades como Paranavaí, Nova Esperança, Alto Paraná, Nova Aliança do Ivaí e São João do Caiuá já estão em estado de alerta.
Numa coletiva de imprensa nesta manhã, a Prefeitura de Paranavaí anunciou a criação de um gabinete de crise para enfrentar a doença.
A primeira ação do gabinete de crise é aprovar uma lei que cria uma coordenação unificada entre poder público e iniciativa privada.
Essa coordenação terá a tarefa de identificar e erradicar pés de laranja doentes e o mais rápido possível.
(atualizado às 12h50) – Uma das ações será identificar, com a ajuda de drones, pés de laranja ‘clandestinos’ que podem estar contaminados, levando a doença até os pomares sadios.