O Paraná recebeu nesta sexta-feira (18) um grupo de 29 ucranianos refugiados de guerra entre Rússia e Ucrânia. O grupo, formado em sua maioria por crianças e mulheres, passará dois dias na Capital, alojados na Primeira Igreja Batista (PIB) de Curitiba. Depois disso, seguirão para Guarapuava. O governador Carlos Massa Ratinho Junior recepcionou os europeus e colocou a estrutura do Estado à disposição. A força-tarefa contará com serviços de saúde, educação, apoio psicológico, encaminhamento para emprego, além de agilizar questões burocráticas, entre apoios necessários.
“O Paraná tem o maior número de descendentes ucranianos do Brasil, então nos sentimos felizes em poder ajudar as pessoas neste momento tão duro. Temos, por exemplo, escolas em Prudentópolis em que a alfabetização é na língua natural deles, o que já facilita muito. Vamos fazer o que for possível para poder ajudá-los”, afirmou Ratinho Junior. “O Paraná recebe de braços abertos essas famílias. Queremos ser sua segunda casa para que eles possam reconstruir suas vidas”.
Os serviços estaduais de atendimento aos refugiados ficará centralizado na Superintendência Geral de Relações Institucionais, vinculada à governadoria.
“Existem coisas que o terceiro setor pode fazer, mas há ações que são prerrogativas do Estado. Vamos abrir o Estado para esses refugiados ucranianos, auxiliando de todas as maneiras, seja resolvendo possíveis entraves diplomáticos ou oferecendo toda estrutura na área de saúde e educação, por exemplo. A determinação do governador Ratinho Junior é para que não falte nada a eles”, disse o superintendente do órgão, Daniel Vilas Bôas. “É uma força-tarefa na verdade, onde o amor prevalece”.
Humanitária
Responsável pela primeira acolhida do grupo, o pastor da PIB Paschoal Piragine Júnior explicou que a ajuda humanitária envolve mais de 2 mil igrejas no mundo. Esse grupo, inclusive, já conta com orçamento próprio para a construção das casas em Prudentópolis – Governo do Estado e prefeitura municipal estão se organizando para viabilizar a doação do terreno.
“Esse grupo vai ficar aqui no mínimo um ano, se não migrarem definitivamente. Essas crianças precisam de saúde, de educação, de cuidados que nós não temos capacidade para fazer, como tomar vacinas. Por isso precisamos do apoio do governo estadual”, destacou.
“Essas 29 pessoas escolheram vir para o Brasil e vão escolher se querem ficar aqui ou não depois que a guerra acabar. Precisamos estar prontos para ajudá-los”, completou o pastor Elias Dantas, que acompanhou o grupo desde a fronteira da Ucrânia com a Polônia, uma viagem de sete dias, por questões burocráticas, até o desembarque na igreja curitibana.
Por: Maringá Post