O desembargador Anderson Fogaça destacou que o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) requer a comprovação dos fatos para configurar abuso econômico e não só o potencial de alterar o resultado eleição.

Já os desembargadores eleitorais José Rodrigo Sade e Julio Jacob Junior acataram parcialmente a denúncia e votaram pela cassação do mandato do senador Moro, bem como pela inelegibilidade de Moro.

O desembargador Julio Jacob Junior disse que entende que a campanha foi focada em reestabelecer a imagem de Sergio Moro que, segundo o desembargador eleitoral, teria sido prejudicada pelo fato dele não ser mais candidato à Presidência da República por não ter conseguido transferir o domicílio eleitoral para São Paulo.

A decisão ainda é passível de recurso e os partidos que moveram as duas ações devem impetrar uma apelação no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.

Luiz Eduardo Peccinin, advogado da Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, disse que recebeu o resultado com muita tranquilidade por ser um processo bastante complexo.

O advogado que representa o Partido Liberal disse que os votos divergentes e, até mesmo, os convergentes cederam uma boa argumentação para o recurso, que espera que o resultado seja revertido no TSE.
As denúncias contra o senador também pedem a cassação da chapa de Sergio Moro, o que inclui seus suplentes. Portanto, caso ocorra a cassação no TSE, novas eleições devem ser convocadas para preencher a vaga no Senado Federal pelo Paraná.