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Morre José Gregori, ex-ministro da Justiça e ex-secretário nacional de Direitos Humanos

O advogado José Gregori, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário nacional dos Direitos Humanos, morreu neste domingo aos 92 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês e deixa três filhas.

Gregori comandou o ministério da Justiça no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 2000 e 2001. No mesmo mandato, comandou a Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

O advogado foi um dos signatários da “Carta aos Brasileiros”, divulgada em 1977, em meio à ditadura militar, em defesa dos direitos humanos, Justiça e cidadania.

Zé Gregori, como era conhecido, fundou e integrava a Comissão Arns, organização da sociedade civil que atua na defesa dos direitos humanos e que lamentou a morte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o compromisso de Gregori com os direitos humanos e com a democracia. “Soube agora do falecimento de José Gregori, ex-Ministro da Justiça e ex-Secretário Nacional de DH. Sua vida foi marcada por um firme compromisso com os direitos humanos e com a consolidação da democracia. Muito obrigado, José Gregori. Seu legado jamais será esquecido.”

O ex-ministro repetiu o feito da ditadura militar em 2022, quando apoiou a mobilização que teve uma nova versão de carta aos brasileiros, intitulada “Carta aberta aos brasileiros e brasileiras – Estado Democrático de Direito Sempre” e defendeu a eleição de Lula.

A Fundação FHC expressou seu luto com a morte de José Gregori, ao defini-lo como “um democrata e um defensor dos direitos humanos em mais de 60 anos de vida pública”.

Partido ao qual o advogado era integrante, o PSDB prestou condolências aos familiares e afirmou que “a democracia brasileira e o sistema judiciário devem muito à luta” de Gregori.

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