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Londrina e Maringá são as cidades com mais casos de dengue no Paraná, segundo o último boletim

A 15ª Regional de Saúde de Maringá não é mais a que concentra maior número de casos de dengue no período epidemiológico que começou no dia 1º de agosto: a 17ª RS de Londrina tem 871 casos confirmados, segundo o último boletim da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde no final da tarde de terça-feira, superando a de Maringá, que ficou com 754 casos.

 

As Regionais de Saúde que mais preocupam as autoridades pelo elevado número de casos confirmados estão todas localizadas no norte e noroeste do Estado. Além das de Londrina e Maringá, a de Paranavaí (14ª) está em terceiro lugar no Paraná e a de Apucarana (16ª) está na quinta posição. A exceção é a de Paranaguá (1ª RS) em quarto lugar.

 

O boletim não confirma nenhuma morte pela doença nesta semana, portanto o Estado segue com um óbito neste período epidemiológico, que vai de 1º de agosto deste ano a 31 de julho de 2024.

 

Quanto aos municípios, dos 399 existentes no Estado, 216 possuem casos confirmados. Londrina, com 768 casos, e Maringá, com 545, registram o maior número de confirmações.

 

O boletim traz ainda 296 casos notificados de chikungunya, sendo que 21 foram confirmados. Em relação a Zika Vírus, o informe apresenta 29 casos notificados e nenhum confirmado.

 

Confira os dados do boletim AQUI. Outras informações sobre a dengue estão AQUI.

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Mosquito Aedes aegypti picando a pele sem que a pessoa perceba     Foto: frank60/Shutterstock

 

Profissionais de saúde alertam para ressurgimento do tipo 3 da dengue

 

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em maio deste ano, já mostrava o ressurgimento desse sorotipo e, na última semana, foram confirmados quatro casos na cidade de Votuporanga, no interior paulista. O primeiro caso, detectado em uma mulher de 34 anos, chamou a atenção por causa da intensidade dos sintomas clássicos da doença, como febre, vômito, dor e manchas vermelhas pelo corpo, além de sangramento nasal e pela urina.ebcebc

 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Votuporanga, ações de bloqueio, que incluem a identificação da circulação do sorotipo, mais sete casos foram considerados suspeitos. O resultado das amostras colhidas indicou que, dos sete, três eram do tipo 3 da dengue, sendo todos do sexo feminino, com 5, 31 e 46 anos. Todos os casos ocorreram na mesma região, em um bairro da zona sul da cidade. Os quatro pacientes estão em casa e passam bem.

 

A Secretaria de Estado da Saúde informou que não há registro deste tipo da doença em outros municípios do estado de São Paulo, nem óbitos. Em nota, o governo estadual disse que monitora o cenário epidemiológico com plano de contingência, que é feito todos os anos, independente da linhagem.

 

De acordo com a Fiocruz, a dengue tem quatro sorotipos, e a infecção por um deles cria imunidade contra o mesmo sorotipo, mas o indivíduo pode contrair dengue se tiver contato com um sorotipo diferente. Como poucas pessoas contraíram o tipo 3, há risco de epidemia porque há baixa imunidade contra esse sorotipo.

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Por falta de consciência e de boa vontade as pessoas acabam proporcionando criadouros do mosquito Aedes aegypti Foto: Divulgação

“O problema é que os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos do tipo 1 e 2. Como muitas pessoas já tiveram os tipos 1 e 2, ao ter o tipo 3, podem desenvolver uma forma grave da doença, o que pode gerar superlotação das unidades de pronto atendimento e hospitais”, diz o infectologista Kleber Luz, coordenador do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia. Por isso, alerta o infectologista, é preciso ter maior vigilância sobre as formas graves da doença. “Do ponto de vista clínico, não há diferença, mas o que chama mais a atenção é a gravidade do caso, por ser uma infecção sequencial. No México e na América Central, por exemplo, a doença tem causado mais mortes”, acrescenta Kleber Luz.

 

Entre os sintomas de alerta da doença, estão: febre, manchas vermelhas pelo corpo, dor abdominal, vômito persistente, acompanhados também de sangramento na gengiva, no nariz ou na urina. Ao perceber qualquer sintoma, a pessoa deve procurar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima. As formas de prevenção são as já conhecidas pela população: limpeza dos quintais para evitar água empoçada, que é criadouro do inseto, e receber os agentes de saúde para fazer a vistoria em possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.

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