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Homem desenvolve metástase após transplante de fígado com câncer em hospital de São Paulo

Foto: Arquivo Pessoal

O paulista Geraldo Vaz Junior, de 58 anos, luta para entender um caso raro e grave no sistema de transplantes brasileiro: ele recebeu, em março de 2023, um fígado transplantado que apresentava câncer. Meses depois da cirurgia, Geraldo foi diagnosticado com adenocarcinoma — um tipo de tumor maligno — no órgão recebido, e recentemente exames confirmaram metástase no pulmão.

O transplante foi realizado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi) do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a família, o caso veio à tona após uma ressonância magnética apontar seis nódulos no fígado transplantado, sete meses após o procedimento.

Uma biópsia confirmou o câncer, e um exame genético feito em março de 2024 mostrou que as células tumorais não tinham o mesmo genótipo de Geraldo, comprovando que o tumor se originou no órgão doado.

A esposa do paciente, Márcia Helena Vaz, passou a cobrar respostas e transparência das autoridades, afirmando que o episódio não pode ser tratado com silêncio institucional.

“O silêncio dá margem para que o erro continue acontecendo. Isso não cabe quando se trata de vidas”, desabafou Márcia, em entrevista ao Metrópoles.

De acordo com especialistas, casos de transplantes de órgãos com tumores malignos são extremamente raros e exigem rígido controle e triagem antes da doação.

A responsabilidade pela regulação e fiscalização das doações e transplantes é do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), coordenado pelo Ministério da Saúde, que ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Com informações de Metrópoles.

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