Coluna do Chico Santos ESPORTES

“Um minuto de silêncio, o Brasil está morto” cantam argentinos após goleada em cima do Brasil.

Foto: JUAN MABROMATA/AFP

Nem Lionel Messi foi necessário para a Argentina humilhar o Brasil em uma noite histórica no Monumental de Núñez. A equipe comandada por Lionel Scaloni atropelou a Seleção Brasileira por 4 a 1, com gols de Julián Álvarez, Enzo Fernández, Mac Allister e Giuliano Simeone. Matheus Cunha descontou para o Brasil, que foi amplamente dominado durante toda a partida. Nas arquibancadas, os torcedores argentinos entoaram um irônico “minuto de silêncio” pelo Brasil, aumentando ainda mais a pressão sobre o técnico Dorival Júnior.

Argentina já está classificada para a Copa de 2026

A vitória sobre o Brasil veio com um bônus para os argentinos. Com os resultados da rodada, a equipe garantiu antecipadamente sua vaga no Mundial de 2026. Líder absoluta das Eliminatórias, a Argentina soma 31 pontos e agora deve utilizar um time alternativo nas últimas rodadas do classificatório. O Brasil, por outro lado, caiu para a quarta posição, com 21 pontos, e liga o sinal de alerta para os próximos confrontos.

O massacre começou cedo

A Argentina abriu o placar logo aos 3 minutos, com Julián Álvarez aproveitando uma jogada rápida pela esquerda. O segundo veio pouco depois, aos 11 minutos, com Enzo Fernández completando cruzamento na pequena área. Matheus Cunha ainda deu um fio de esperança ao Brasil aos 26 minutos, após aproveitar um erro de Cristian Romero e marcar o único gol da Seleção. Mas a resposta argentina veio rapidamente: aos 36 minutos, Mac Allister fez o terceiro, jogando um balde de água fria no time de Dorival.

Brasil sem reação no segundo tempo

Dorival fez três mudanças no intervalo para tentar reagir, colocando Endrick, João Gomes e Léo Ortiz. Mas as falhas defensivas continuaram, e aos 17 minutos da etapa final, Giuliano Simeone – filho de Diego Simeone – marcou o quarto gol da Argentina, selando a goleada. Raphinha ainda acertou o travessão em cobrança de falta, mas o Brasil não conseguiu esboçar uma reação.

Tabus e crise na Seleção

A derrota manteve o Brasil sem vencer a Argentina há seis anos. Além disso, a Seleção não ganha no Monumental de Núñez há quase 30 anos – a última vitória foi em 1995. Em solo argentino, o jejum é de quase 16 anos, desde 2009. O revés também aumenta a pressão sobre Dorival Júnior, que precisa encontrar soluções urgentes para evitar novos tropeços nas Eliminatórias.

Clima quente com Raphinha

Durante a semana, Raphinha havia declarado que daria “porrada” nos argentinos. A resposta veio em campo, não só no placar, mas também na atitude dos jogadores rivais. O goleiro Dibu Martínez, conhecido por seu comportamento provocador, chegou a trombar com o brasileiro no final do primeiro tempo, iniciando uma confusão generalizada.

Com um desempenho preocupante e tabus mantidos, o Brasil agora precisa reagir rapidamente para evitar que a crise aumente.

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