PARANÁ POLÍTICA SAÚDE

Secretaria de Saúde alerta sobre aumento de casos e óbitos por meningite meningocócica no Paraná; vacinação é a principal medida de prevenção

Secretaria de Estado da Saude - SESA PARANA - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) emitiu nesta sexta-feira (27) um alerta às 22 Regionais de Saúde do Estado sobre o aumento significativo de casos e óbitos provocados pela doença meningocócica. Segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro e 21 de junho de 2025 (Semana Epidemiológica 25), o Paraná registrou 22 casos confirmados e seis óbitos pela doença. Em comparação com o mesmo período de 2024, que teve 11 casos e nenhum óbito, o aumento é alarmante. Em todo o ano de 2024, o Estado contabilizou 33 casos e quatro mortes.

Os municípios com casos registrados incluem Ponta Grossa, Curitiba, Paranaguá, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Araucária, e outros, sendo que as mortes ocorreram em Ponta Grossa, Curitiba, São Jorge D’Oeste, Céu Azul e Wenceslau Braz. A doença meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, pode provocar quadros graves, como meningite e meningococcemia, e é considerada um problema de saúde pública devido ao seu alto potencial de transmissão e letalidade, especialmente entre crianças.

A vacinação é apontada pela Sesa como a principal ferramenta de prevenção, com a vacina meningocócica C (conjugada) disponível para crianças de 3 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. A partir de julho de 2025, a vacina de reforço será a meningocócica ACWY, que oferece proteção adicional contra os sorogrupos A, W e Y. A cobertura vacinal de 2024 no Estado foi de 91,56% na primeira dose e 92,94% na dose de reforço, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Além da vacinação, a Sesa orienta medidas de prevenção, como manter ambientes ventilados, higienizar as mãos com frequência, evitar aglomerações e não compartilhar objetos pessoais. A população também é aconselhada a procurar atendimento médico imediato ao identificar sintomas da doença, como febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez no pescoço, confusão mental e erupções cutâneas. Para os profissionais de saúde, é essencial o diagnóstico precoce, o isolamento dos casos suspeitos, e a notificação imediata às autoridades sanitárias, além da coleta de amostras clínicas adequadas e avaliação dos contatos para quimioprofilaxia, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.

Com informações de AEN.

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