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Sargento da PM matou esposa com 51 facadas após atirar nela dentro de clínica em Santos, diz laudo

Foto: Redes sociais e Daniela Rucio/TV Tribuna

Amanda Fernandes Carvalho, de 33 anos, foi brutalmente assassinada pelo marido, o sargento da Polícia Militar Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, dentro de uma clínica médica no bairro Marapé, em Santos (SP). O crime, ocorrido em 7 de maio, teve novos detalhes revelados por um laudo do Instituto Médico Legal (IML), que aponta que Amanda foi atingida por três tiros e 51 facadas, a maioria do lado direito do corpo, da coxa à face.

A filha do casal, de 10 anos, também foi baleada ao tentar proteger a mãe. A criança ficou internada por seis dias e recebeu alta em 13 de maio.

Laudo aponta morte por hemorragia traumática

O laudo necroscópico indica que Amanda morreu em decorrência de anemia aguda por hemorragia interna traumática, causada pelos múltiplos ferimentos. Os tiros foram disparados à distância antes da sequência de facadas. A faca foi encontrada cravada no pescoço da vítima.

Ataque ocorreu diante da filha e de médico

O crime aconteceu dentro de uma clínica na Avenida Senador Pinheiro Machado, onde Amanda e a filha aguardavam atendimento. De acordo com o médico proprietário da clínica, Amanda entrou em sua sala em desespero, afirmando que estava sendo ameaçada por Samir, de quem estava se separando.

O médico tentou protegê-las trancando a porta com cadeiras e recomendando que a polícia fosse acionada. Segundo ele, minutos depois, ouviu uma batida e uma voz dizendo: “pode abrir, é a polícia, está tudo sob controle”. Logo em seguida, escutou uma rajada de disparos. O médico se escondeu sob a mesa durante o ataque. Depois que o agressor foi contido, ele encontrou Amanda morta e a filha ferida.

A menor, segundo relatos da investigação, tentou salvar a mãe pulando na frente dos disparos.

PM estava na clínica durante o ataque

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou inicialmente que os policiais chegaram ao local após o crime, mas a Polícia Civil apurou que a equipe da PM já estava na clínica quando os disparos ocorreram. A conduta desses agentes está sob investigação por meio de um Inquérito Policial Militar.

Prisão e situação militar

Samir foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. Ele está detido no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo, mas deve ser transferido para Santos para participar da reconstituição do crime. Com a prisão, ele foi colocado em “agregação militar”, o que o torna temporariamente inativo, sem salário e sem contagem de tempo de serviço.

Defesa

A defesa de Samir, representada pelo advogado Paulo de Jesus, afirmou que só se manifestará após a conclusão das investigações.

O que diz a SSP-SP

A Secretaria de Segurança informou que a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos é responsável pelo inquérito e que as diligências seguem com o objetivo de esclarecer completamente os fatos.

Com informações de G1.

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