A Casa do Índio de Maringá, que funciona desde 2017 na Estrada Guaiapó, onde por décadas foi a Escola Machado de Assis, acaba de passar por readequação e será reinaugurada na próxima terça-feira, 12, às 14 horas, com a presença de autoridades lideranças indígenas. Agora, além de servir como casa de passagem para até 50 pessoas, o local terá um espaço próprio para a confecção e comercialização de artesanatos produzidos pelos índios.
O espaço foi reformado e reestruturado pela Secretaria de Assistência Social (SAS), em parceria com as secretarias de Infraestrutura (Seinfra) e Limpeza Urbana (Selurb).
A Casa do Índio foi a solução encontrada pela administração Ulisses Maia/Edson Scabora no primeiro ano do primeiro mandato para acolher as centenas de índios que na época se abrigavam debaixo de marquises, prédios abandonados e em praças, muitas vezes misturados com moradores de rua e usuários de drogas. O problema era maior em determinados períodos do ano, quando as famílias de aldeias do norte e do noroeste vinham para a cidade a fim de comercializar artesanato e acabavam expostas como mendigos.
Na época chegou-se a experimentar outros lugares, inclusive um próximo ao Contorno Sul, mas a solução definitiva chegou com o uso das instalações da antiga Escola Machado de Assis, em frente à histórica Venda Guaiapó.
Os serviços ofertados seguem as normativas do Sistema Único de Assistência Social (Suas), com o objetivo de garantir a preservação da cultura indígena. As famílias terão atendimento personalizado, conforme as origens e cultura. O município ofertará uma rede de serviços para auxílio e proteção às famílias no local.
“Maringá é uma cidade acolhedora e a Casa de Passagem Indígena é um marco dessa gestão, que se preocupa em receber da melhor maneira possível todos aqueles que chegam a nossa cidade. Com as diversas melhorias, vamos acolher essas famílias e apoiá-las, oferecendo espaço para que possam vender seus artesanatos”, destaca a secretária Sandra Jacovós, da SAS.
Segundo o prefeito Ulisses Maia (PSD), “em Maringá, a gestão é inclusiva. Valorizamos a história e os povos indígenas com políticas públicas. Implantamos a Casa do Índio, resolvendo um problema histórico, com espaço de passagem para que possam fazer seus artesanatos, se alimentar e dormir. Também oferecemos transporte, orientação, palestras e outros cuidados necessários”.