Polícia Militar informou que abrirá inquérito para averiguar a denúncia; laudo do IML confirma a violência contra o jovem.
O 1° Batalhão da Polícia Militar de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, informou nesta quinta-feira (17) que abrirá um inquérito para investigar a denúncia envolvendo policiais militares, suspeitos de torturarem um jovem. A vítima, de 27 anos, afirma que durante uma abordagem, policiais introduziram um cabo de vassoura em seu ânus e colocaram sua cabeça em um saco plástico, quase o asfixiando.
Conforme o advogado que representa jovem, o caso aconteceu no dia 10 de dezembro de 2021, durante uma festa com os amigos em sua residência. A vítima afirma que policiais entraram no local de maneira agressiva a procura de armas e drogas. Questionado pelos agentes, o jovem informou não ter conhecimento de tais objetos.
Alguns convidados fugiram do local, o que fez com que os policiais puxassem os antecedentes criminais da vítima, onde constatava passagens pela polícia. Diante disso, o jovem afirma que os policiais começaram a desferir chutes e ponta-pés, utilizando até mesmo um saco plástico em sua cabeça para sufoca-lo.
De acordo com a vítima, os policiais insistiam que queria ver onde estavam as armas e as drogas. O jovem então passou um endereço, mas que na realidade se tratava da residência do seu advogado. Ao chegarem no local, policiais introduziram um cabo de vassoura no ânus do rapaz, o qual contatou ter sofrido violências nesta região do corpo, através do laudo médico submetido no Instituto Médico Legal (IML).
“Ao exame ora realizado, apresenta hematoma no olho esquerdo, escoriações nos pulsos, escoriações nos dois cotovelos, escoriações nos dois joelhos, apresenta várias escoriações em região lombar e também apresenta fissura em região anal, que foi produzida por um cabo de vassoura“,
informa o laudo do IML.
O RIC Mais procurou Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelo controle externo da atividade policial. Entretanto o órgão do Ministério Público informou não ter recebido nada a respeito do caso.