Policiais militares arrombaram a porta de uma residência no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, na terça-feira (11), durante a busca por um suspeito de agressão contra uma mulher. Sem localizar o homem, os agentes foram confrontados por um morador, que exigiu que deixassem o local.
A situação escalou quando um dos policiais utilizou uma arma de choque contra o morador, que tentou se proteger correndo para um dos quartos. Lá, ele foi imobilizado, agredido com socos e algemado sob a acusação de “resistência”. O episódio foi registrado por moradores e divulgado em vídeos.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Militar abriu uma investigação sobre a conduta dos agentes, destacando que não compactua com abusos e analisará tanto as imagens captadas por testemunhas quanto as gravações das câmeras corporais dos policiais.
Versões divergentes
Os PMs alegam que estavam atendendo uma ocorrência de “veículo abandonado” quando viram um homem agredindo uma mulher na rua. Segundo eles, o suspeito fugiu para dentro da casa ao ser abordado, o que os levou a arrombar a porta. No imóvel, afirmam que encontraram várias pessoas, incluindo mulheres, e que um dos moradores reagiu de forma exaltada, exigindo que saíssem. Diante da possibilidade de agressão, um dos policiais teria disparado a arma de choque antes de algemá-lo.
Já o morador sustenta que os agentes invadiram sua casa sem justificativa e, ao questioná-los, foi violentamente agredido. Ele precisou levar pontos na cabeça devido aos ferimentos. Liberado após o registro da ocorrência, ele nega ter resistido à prisão ou insultado os policiais.
O advogado da vítima classificou o episódio como um ato de abuso de autoridade, citando a invasão sem justificativa e a agressão injustificada. A defesa aguarda a conclusão das investigações e responsabilização dos envolvidos.
Com informações de G1