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Megaoperação cumpre 172 mandados e prende mais de 60 pessoas envolvidas com tráfico, lavagem de dinheiro e homicídios em Curitiba

Foto: PCPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Militar do Paraná (PMPR) realizaram uma megaoperação nesta quarta-feira (25), cumprindo 172 mandados judiciais contra uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios no Centro de Curitiba. A operação mobilizou cerca de 400 policiais, com o apoio da Polícia Penal (PP-PR), helicópteros e cães farejadores.

Resultados da operação

Durante a ação, 63 pessoas foram presas, e uma pessoa morreu em confronto com a polícia. A operação cumpriu 92 mandados de prisão, 55 de busca e apreensão e 25 ordens de bloqueio de ativos financeiros. Além disso, foram realizadas 5 prisões em flagrante, e uma arma foi apreendida, juntamente com R$ 6.629 em dinheiro e pequenas quantidades de drogas, incluindo maconha, cocaína e crack.

Investigação e estrutura do grupo criminoso

A investigação foi iniciada em agosto de 2024 após denúncias anônimas e o aumento das ocorrências de criminalidade na região. O grupo criminoso atuava principalmente nas imediações da Praça Tiradentes, Travessa Nestor de Castro e Rua Trajano Reis, onde controlava o tráfico de drogas e impunha regras violentas a quem estava envolvido.

A organização possuía uma estrutura hierárquica, com chefes, gerentes, operadores logísticos e dezenas de vendedores. Eles usavam códigos para designar os tipos de drogas, mantinham registros contábeis e estipulavam metas diárias de vendas. A droga era escondida em locais como bueiros e canos, dificultando as apreensões pela polícia.

Pontos de venda e violência

O grupo mantinha diversos pontos de venda de drogas em áreas de grande circulação, favorecendo a comercialização em larga escala. A violência era frequentemente usada para manter o domínio territorial e lidar com rivais, além de apoiar membros presos durante as operações. Além do tráfico, a organização também esteve envolvida no aumento de crimes como homicídios, roubos, furtos e porte ilegal de arma de fogo.

Lavagem de dinheiro e homicídios

As investigações financeiras revelaram movimentações incompatíveis com a renda declarada dos investigados. Alguns dos envolvidos, inclusive beneficiários de programas sociais, movimentavam grandes quantias de dinheiro por meio de familiares e terceiros, reforçando os indícios de lavagem de dinheiro. O grupo também está ligado a homicídios, incluindo o caso de Ygor Hercullles de Souza, morto em fevereiro de 2025 após ameaçar uma equipe de televisão que investigava a violência na Praça Tiradentes.

A operação busca desarticular a organização criminosa e interromper o tráfico de drogas no Centro de Curitiba, além de coletar mais provas para as fases seguintes da investigação.

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