Maringá foi um dos alvos da Operação Cavalo Paraguaio, deflagrada nesta quarta-feira (4) pela Polícia Civil de Santa Catarina, com apoio da Polícia Civil do Paraná, por meio do DENARC da cidade. A ação mira uma organização criminosa especializada no furto, adulteração e envio de caminhões-tratores e semirreboques ao Paraguai.
Segundo as investigações, o grupo criminoso atuava em diversos estados e contava com ramificações internacionais. Parte da quadrilha estava baseada em Santa Catarina, mas os veículos furtados eram levados até o país vizinho. A participação de Maringá reforça o caráter interestadual da operação e a presença de conexões logísticas que cruzam o Sul do Brasil.
Durante a ofensiva, foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão também em Maringá. Ao todo, a Justiça autorizou 9 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de Sangão, Tubarão (SC), Maringá e Santa Terezinha de Itaipu (PR).
Modus operandi envolvia logística internacional
O nome da operação faz referência ao funcionamento da quadrilha: os criminosos usavam caminhões-tratores — os chamados “cavalos mecânicos” — com placas paraguaias para buscar os veículos furtados em pátios de oficinas e postos de combustíveis em Santa Catarina, retornando depois com os veículos já adulterados para o Paraguai.
Até o momento, a Polícia já confirmou o envolvimento do grupo no furto de pelo menos 15 conjuntos de caminhões e semirreboques. Parte desses veículos foi localizada e recuperada, inclusive já adulterada, no interior do Paraguai.
Um dos investigados, de nacionalidade paraguaia, possui ordem de captura internacional emitida pela Interpol, reforçando o alcance transnacional da organização criminosa. O líder do grupo é considerado de alta periculosidade e responde a mais de 12 inquéritos por crimes semelhantes ao longo de mais de 20 anos de atividade.
Atuação integrada e apoio de Maringá foram fundamentais
A Polícia Civil de Maringá, por meio do DENARC, teve papel relevante no apoio às diligências realizadas no Paraná, reforçando o combate ao crime organizado de alcance internacional. A operação também contou com o suporte da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal (incluindo a Adidância em Assunção, Paraguai) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, através da SENASP.
As investigações seguem em andamento, com a expectativa de novas prisões e responsabilização de todos os envolvidos.
