Uma nova pesquisa feita com base em 80 amostras coletadas na segunda semana de março no Paraná revelou que 46,2% delas representam à linhagem P.1, variante amazônica que circula desde o ano passado no País. Segundo o relatório que abrange um universo restrito, ela é atuante entre nove variantes indicadas no Estado.
O estudo da Rede Genômica Fiocruz foi coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde em agrupamento com o Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com fiscalização do Laboratório Central do Estado (Lacen/PR). Os dados foram publicados ontem e auxiliam para confirmar a circulação de mais linhagens do vírus SARS-CoV-2 no Estado.
“Embora o número de amostras seja pequeno, este recorte de testagem demonstra a efetiva circulação da variante brasileira P.1, que já está em transmissão comunitária”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Ele ainda disse que o estudo comprova um crescimento na contaminação nos últimos dias. “Quase metade dos testes RT-PCR realizados no Paraná tem resultados positivos hoje em dia, ou seja, mais pessoas estão se infectando e grande parte delas pode estar com a variante P.1, que é mais agressiva do que a doença que conhecemos no ano passado.”
Análise
Para a seleção das amostras, foram estabelecidos grupos dentro de cada Macrorregional de Saúde do Estado (Norte, Noroeste, Oeste e Leste), considerando o Paraná como um todo. Foi feita uma separação de amostras em dois grupos e um sorteio aleatório em cada Macro, o que resultou em 80 amostras acessíveis para sequenciamento genômico.