Mesmo após a libertação de um refém israelense-americano pelo Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou nesta terça-feira (13) que não pretende interromper a ofensiva militar na Faixa de Gaza.
Em comunicado divulgado em seu canal oficial no Telegram, Netanyahu declarou que o Exército de Israel intensificará os ataques nos próximos dias, independentemente de novas liberações de reféns por parte do grupo palestino.
“Nos próximos dias, entraremos com todas as nossas forças para completar a ofensiva e subjugar o Hamas. O Hamas pode dizer: ‘Queremos libertar mais dez’. Ok, tragam-nos. Nós os receberemos. Mas a guerra continuará. Podemos fazer um cessar-fogo temporário, mas iremos até o fim”, afirmou o premiê.
A declaração ocorre um dia após o Hamas libertar Edan Alexander, soldado com dupla cidadania israelense e americana, sequestrado em 7 de outubro de 2023. O grupo terrorista afirmou que o gesto foi um sinal de “boa vontade” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e defendeu a criação de um acordo de cessar-fogo abrangente.
No entanto, segundo o governo israelense, não houve negociação ou concessão em troca da libertação de Alexander. A decisão unilateral do Hamas não foi suficiente para alterar a postura do governo de Tel Aviv, que segue firme na intenção de derrotar o grupo radical.
A declaração de Netanyahu frustra as tentativas diplomáticas de cessar-fogo, mediadas por diversas autoridades internacionais nos últimos meses. O líder israelense, no entanto, afirma que o país “não aceitará menos que a vitória total” sobre o Hamas.
Em suas redes sociais, Netanyahu publicou um vídeo em que aparece conversando com Edan Alexander por telefone. No diálogo, o jovem, ainda debilitado, diz estar se recuperando: “Estou bem, mas fraco. Vou voltar ao normal com o tempo”.
A ligação foi intermediada por Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, que elogiou o papel de Netanyahu nas tratativas recentes:
“Contei a Edan e à sua família tudo o que o senhor fez para tornar isso possível. Foi uma negociação tensa, e sua postura foi essencial”, afirmou Witkoff durante a ligação.
Edan Alexander ficou um ano e sete meses em cativeiro, após ter sido capturado durante o ataque do Hamas em território israelense no ano passado. Mesmo com a libertação, o conflito segue sem perspectiva de solução diplomática imediata.
Com informações de G1.