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Na PEM, técnica de enfermagem é rendida e ferida no pescoço por detento

Uma técnica de enfermagem ficou ferida após ser agredida por um detento da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) enquanto fazia atendimento ao homem. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira, 23, no interior da unidade prisional.

De acordo com informações do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Paraná (SINSSP-PR), a profissional ministrava medicação no detento quando foi surpreendida pela ação dele, que tentou fazê-la como refém.

 

Ela conseguiu escapar da tentativa do preso, mas acabou ferida no pescoço por um objeto cortante conhecido como estoque, material produzido pelos próprios detentos dentro de penitenciárias. “Ele estava algemado com as mãos para frente, o que não é procedimento padrão dentro do departamento. Esse preso aproveitou do momento em que não tinha segurança com ela dentro da sala e quis fazê-la refém. Não se sabe ao certo qual era a intenção dele, se ele queria alguma transferência. Ele só não conseguiu [rendê-la] porque ela já havia percebido a intenção dele de fazer alguma coisa e foi muito rápida em fugir dele”, relata a presidente do sindicato, Cláudia Regina Lopes.

A enfermeira recebeu atendimento médico e, segundo o sindicato, passa bem. Ela também registrou boletim de ocorrência. O detento foi controlado.

Segundo Cláudia, a profissional não faz parte do quadro de funcionários da PEM, ela apenas foi designada para prestar atendimento pontual. Para ela, o caso demonstra que a falta de funcionários para atender a população carcerária no Paraná é preocupante.

O sindicato vai registrar uma queixa à corregedoria do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). “Nós vamos fazer a denúncia formal para que possamos ter todo o aparato para fazer o levantamento de qual foi a falta de cuidado nesse momento, o que ocasionou esse desfecho para que a gente possa instaurar um procedimento”, diz a presidente do SINSSP-PR.

Os servidores técnicos não são agentes penais, são aproximadamente 500 técnicos de enfermagem, agentes de execução, agentes profissionais e agentes de apoio que atendem 21 mil presos do sistema prisional do estado.