A procuradora Luciana Loureiro, da Procuradoria da República no Distrito Federal, apontou “temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde” na contratação para a compra da vacina indiana Covaxin. Em documento, ela ainda propôs a abertura de uma investigação criminal sobre o contrato do governo de Jair Bolsonaro com a empresa Precisa Medicamentos. Na avaliação da procuradora, não há justificativa para as inconsistências na negociação, “a não ser atender a interesses divorciados do interesse público”.
Segundo os elementos reunidos, há indícios de possíveis irregularidades no contrato para a entrega de 20 milhões de doses da Covaxin, no valor total de R$ 1,6 bilhão, tendo sido a dose negociada por US$ 15 dólares, preço superior ao da negociação de outras vacinas no mercado internacional, a exemplo da vacina da Pfizer.
Outro exemplo: cada dose da vacina Oxford-AstraZeneca custa, em média, R$ 19,87, e o governo aceitou pagar R$ 80,7 por dose da Covaxin.
Os elementos foram reunidos por Luciana Loureiro, que é responsável pela investigação de improbidade administrativa envolvendo essa negociação. A procuradora encaminhou o caso para o 11º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa.
Fonte: Metrópoles