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Motoboy cria a Motho Express e empresa cresce mais de 800% em faturamento, em dois anos

De Paiçandu, no noroeste do Paraná, Willians Morais trabalhava como motoboy para complementar a renda quando percebeu uma lacuna no mercado da logística. Criou a Motho Express há dois anos, testou no mercado de Maringá, município vizinho de maior porte (454.146 habitantes) e adaptou as ferramentas antes de começar a operar com mais força.

Os números mostram que a ideia deu certo. Em 24 meses, a empresa saiu de um faturamento de R$ 26 mil para R$ 240 mil, um crescimento de 823%. E a projeção é fechar 2023 com R$ 300 mil em faturando. A equipe é formada por três pessoas, e os motoboys parceiros são 23.

Entre grandes e pequenas empresas, a startup tem 47 clientes, sendo que 20 deles são recorrentes. Operando em Maringá, o negócio está em processo de estruturação para expandir para mais seis cidades.

“Comecei a desenhar um modelo que pudesse proporcionar logística completa para pequenos e médios empreendedores. Funcionou. Fomos crescendo porque, além de conseguir mais clientes, esses clientes foram ampliando a quantidade de serviços contratados conosco. Agora, estamos buscando ajudar novos clientes em seus processos de distribuição dos produtos”, comenta Morais, formado em Gestão de Recursos Humanos, com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas.

A startup oferece “app para entregas emergenciais”; “recarga de km”, quando o cliente compra uma quantidade de quilômetros conforme sua demanda de entregas; e “sistema logístico”, uma ferramenta para empresas que possuem entregadores e demanda de entrega, a exemplo de distribuidoras, depósitos de construção, entre outros.

Buscando aprofundar a conexão com o público de interesse do negócio, a exemplo de investidores e potenciais parceiros, a empresa participou do primeiro Desafio das Startups, realizado em Maringá, pelo Sebrae/PR, durante o Startup Day, na última semana. Após apresentação enxuta e focada nos resultados, organizada por Morais, Aline Domingos, responsável pelo atendimento da empresa, e João Roriz, que cuida do sistema, o negócio levou o primeiro lugar entre 15 concorrentes – a Avaliando Brasil levou o segundo e a InCademy, o terceiro.

“Saímos vitoriosos dentre outras startups qualificadas. E vimos que há um mercado gigantesco a se explorar”, diz Morais.

Segundo o consultor do Sebrae/PR, Nickolas Kretzmann, este primeiro Desafio das Startups teve a banca formada por investidores, que classificaram os negócios conforme os critérios de modelo de negócio, maturidade da solução, potencial de mercado e perfil do empreendedor.

“A ‘batalha’ entre as startups tem como objetivo reconhecer e colocar em evidência os negócios mais atrativos da nossa cidade. O evento mostrou que temos excelentes inciativas rodando na cidade, uma mostra da força do nosso ecossistema de inovação”, explica o consultor.

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