CIDADE

Maringaenses protestam contra resultado das eleições em frente ao Tiro de Guerr

Exemplo do que acontece na maioria das cidades do País, também em Maringá se contata neste feriado nacional, 15 de novembro, data da Proclamação da República, protestos contra o resultado das eleições (ou o processo pelo qual se chegou a ele) com a recondução de Luís Ignácio da Silva à presidência do Brasil.

Créditos: Pâmela Maria

Milhares de pessoas afluíram à frente do Tiro de Guerra desde as primeiras horas da manhã, externando anseio de que as Forças Armadas interfiram no já concluído processo eleitoral. São pessoas de idades variadas, envoltas pela bandeira brasileira e invariavelmente trajando as cores verde e amarelo. Alegam irregularidades diversas a partir da incompreensão por ter sido liberada a candidatura de Lula, na leitura da maioria dos manifestantes um condenado pela justiça e, por isso, candidato ilegítimo, já que faz parte do elenco de políticos desprovidos da condição de ‘ficha limpa’. É o que pensa o empresário Edvaldo, de 62 anos, um dos que chegaram bem cedo com projeto de no local permanecer todo o dia. “Não é possível que alguém com esse histórico, tenha a candidatura aprovada pela TSE”, observa. Além do mais, prossegue, ele, ‘do jeito que campanha se desenvolveu, com proibições só de um só lado e apadrinhamento do outro, não podemos aceitar”.

Créditos: Pâmela Maria

A aglomeração de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, frequente no local desde o dia seguinte às eleições, bloqueia a quadra na extensão que faz frente com unidade do exército no sentido Colombo bairros. No trajeto contrário o tráfego é possível, mas dificultado pela instalação de clones. No período em que a reportagem esteve no local, não havia viaturas policiais e em nenhum momento se verificou agressividade dos participantes.

Créditos: Pâmela Maria

Por volta de 11h, a chegada de uma carreata de tratores que desfilou pelo Contorno Sul e Avenida Colombo chegou ao local e comprometeu de vez a trafegabilidade da via. O comboio de máquinas agrícolas foi demonstração do inconformismo de um dos setores – o agronegócio – que mais condenam a retomada do poder por Lula e seus pares do PT.

Créditos: Pâmela Maria

 Nas diversas barracas são disponibilizados lanches compostos, preferencialmente, pelo tradicional dueto ‘pão com linguiça’. À sombra de uma gigantes bandeira do Brasil, famílias se deixam fotografar. O serviço de som entoa temas pátrios como o Nacional, da Pátria, da Independência e da Bandeira. Proliferam cartazes com pedido de intervenção militar e sugerindo rigor da instituição na proteção do regime. Alguns exemplos: ‘Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha’; ‘Forças Armadas, reposição da lei e da ordem’; ‘Forças Aramadas, só confiamos em você’; ‘Intervenção: Não ao comunismo’; ‘Art. 221 – Código Eleitoral – II – quando sofrer restrição ao direito de fiscalizar…anulação já!’