Quase 70% das mulheres vítimas de feminicídios em São Paulo, no primeiro semestre deste ano, foram mortas em casa. A informação é do Instituto Sou da Paz, que analisou 124 casos desse crime nos primeiros seis meses do ano no estado.
O número de vítimas de feminicídio cresceu cerca de 10% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 114 casos.
Ainda segundo o Instituto, os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como a separação.
O Sou da Paz aponta ainda que o aumento de casos de feminicídios acontece depois do anúncio de cortes, em 2023, no orçamento das delegacias de defesa das mulheres.
Em resposta, a Secretaria Estadual de Segurança Pública paulista disse, em nota, que o combate à violência contra a mulher é uma das suas prioridades. E citou a ampliação dos canais para comunicação deste tipo de crime no estado, como a expansão das Salas de Delegacia de Defesa da Mulher para atendimento 24 horas por dia em plantões policiais.
A Secretaria disse ainda que realiza o monitoramento de autores de violência doméstica por meio de tornozeleira eletrônica depois da audiência de custódia. E que 30 “tornozelados” foram presos novamente por se aproximarem da vítima.
Para atender vítimas de violência doméstica, São Paulo conta com o aplicativo SP Mulher e a Cabine Lilás – um espaço exclusivo dentro do Centro de Operações da Polícia Militar.
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