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Mãe relata “choque total” após filho de 4 anos fugir de escola e ser encontrado em sorveteria em Santo André

Foto: Arquivo Pessoal/Família

O que deveria ser uma tarde comum de quinta-feira (4) virou pesadelo para a manicure Samara Araújo, 25, em Santo André (SP). Ao chegar à Emeief João de Barros Pinto para buscar o filho, Lucas, de apenas 4 anos, descobriu que ele havia desaparecido da escola e passado cerca de 20 minutos sozinho na rua, até ser encontrado em uma sorveteria por desconhecidos.

O menino atravessou ruas movimentadas, chegou a apertar o botão de um semáforo e só não atravessou sozinho uma avenida porque foi contido por Ricardo Valinho, dono de um posto de gasolina. Para acalmá-lo, ele ofereceu pagar o sorvete e acionou a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Lucas foi devolvido à escola em seguida.

“Entrei em choque total”, disse Samara, que inicialmente nem conseguiu registrar boletim de ocorrência por conta do estado emocional.

Versões conflitantes

Segundo a mãe, a escola ainda não explicou de forma convincente como Lucas conseguiu deixar o prédio. “Disseram que ele teria pulado um portão de quase três metros. Mas como uma criança de 4 anos faria isso sem que ninguém percebesse?”, questiona.

Samara afirma também que não recebeu acolhimento da direção e que não teve acesso às filmagens da unidade. O vídeo do posto de gasolina, que mostra o menino correndo sozinho, foi obtido diretamente pelo comerciante.

Repercussão e críticas

Após o caso vir à tona, a família passou a receber tanto mensagens de apoio quanto comentários hostis nas redes sociais. “Chamaram meu filho de mal-educado, me acusaram de querer fama. Só quero que isso não aconteça com outras crianças”, desabafa Samara.

Por medo, Lucas não retornou à escola desde o ocorrido, embora peça diariamente para voltar às aulas.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que a Secretaria de Educação instaurou processo administrativo para apurar o caso e reforçar a segurança na rede municipal. “Todas as ações necessárias estão sendo tomadas para proteger a criança, oferecer suporte à família e reforçar as condições de segurança em toda a rede de ensino”, diz o comunicado.

Até a última atualização, a escola não havia se manifestado diretamente.

Com informações de Revista Crescer.

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