Lô Borges, cantor e compositor mineiro, morreu aos 73 anos em Belo Horizonte. A família confirmou a morte nesta segunda-feira, 3.
Segundo a assessoria do hospital, o artista morreu às 20h50 de domingo, 2, por falência múltipla de órgãos. Ele estava internado na UTI desde 17 de outubro, por intoxicação medicamentosa, precisou de ventilação mecânica e passou por traqueostomia em 25 de outubro.
Ao lado de Milton Nascimento, Lô foi um dos fundadores do Clube da Esquina. Deixou canções que marcaram a música brasileira, como Um girassol da cor do seu cabelo, O trem azul e Paisagem da janela.
Salomão Borges Filho nasceu no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Aos 10 anos, conheceu Milton Nascimento nas escadas de um edifício no Centro da cidade, encontro que mudaria seu caminho artístico. Pouco depois, cruzou com Beto Guedes pelas ruas do Centro, ligação que também se tornaria duradoura.
O movimento que nasceria nas esquinas do Santa Tereza resultou em 1972 no álbum Clube da Esquina, obra celebrada no Brasil e no exterior. No mesmo ano, Lô lançou seu primeiro disco solo, conhecido como Disco do Tênis.
Após uma pausa nos palcos, Lô retomou a carreira com maturidade criativa e gravou trabalhos como Via Láctea. Em 1984, fez sua primeira turnê nacional com Sonho Real. Nos anos 1990, voltou aos holofotes com a parceria em Dois rios. Desde 2019, manteve o hábito de lançar discos inéditos anuais. O último, Céu de giz, saiu em agosto de 2025, em parceria com Zeca Baleiro.















