A fase de grupos da Libertadores 2025 foi definida, e sete clubes brasileiros disputarão o título: Bahia, Botafogo, Flamengo, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e São Paulo. A seguir, uma análise detalhada dos adversários de cada equipe:
Grupo A – Botafogo
- Universidad de Chile (CHI): A La U chega com um time competitivo, mas irregular. Em 2024, foi campeã da Copa Chile, mas perdeu a chance de conquistar o campeonato nacional na última rodada. O técnico Gustavo Álvarez tenta consolidar um estilo de jogo ofensivo. Seu principal jogador é Charles Aránguiz, ex-Internacional, que ainda se destaca mesmo aos 35 anos. O Estádio Nacional do Chile será um desafio para os visitantes, não apenas pelo ambiente, mas também pelo histórico peso do local.
- Estudiantes (ARG): Tradicional na Libertadores, o Estudiantes garantiu vaga após conquistar a Copa da Liga Argentina. Comandado por Eduardo Domínguez, o time tem um sistema de jogo muito sólido. O meia Santiago Ascacíbar, que fracassou no futebol europeu, reencontrou seu melhor futebol e é um dos pilares da equipe. O Estádio Jorge Luis Hirsch, apesar de moderno, ainda carrega o espírito vibrante das torcidas argentinas.
- Carabobo (VEN): Vice-campeão venezuelano, o Carabobo estreia na fase de grupos e quer surpreender. Com um elenco sem grandes nomes, aposta na organização defensiva do técnico Diego Merino e na capacidade do atacante Flabian Londoño. Seu estádio, o pequeno Misael Delgado, pode ser um campo difícil para adversários que não estão acostumados ao calor intenso da Venezuela.
Grupo C – Flamengo
- Deportivo Táchira (VEN): Um dos clubes mais tradicionais da Venezuela, soma 26 participações na Libertadores, mas nunca conquistou o torneio. Em 1991, foi eliminado pelo próprio Flamengo nas oitavas. O técnico Edgar Pérez Greco prioriza posse de bola e jogo ofensivo. Destaque para o meia Maurice Cova e o atacante José Balza, que tem bom aproveitamento na temporada.
- Central Córdoba (ARG): Estreante na Libertadores, o Central Córdoba vive um momento especial. O técnico Omar de Felippe conseguiu um título histórico na Copa Argentina, garantindo a classificação. O elenco se destaca pelo coletivo e uma defesa sólida, liderada pelo zagueiro Lautaro Rivero.
- LDU (EQU): Campeã em 2008, a LDU segue sendo uma força na América do Sul. Com a altitude de 2.850m de Quito como trunfo, aposta na experiência do goleiro Alexander Domínguez e no faro de gol de Alex Arce. O técnico Pablo Sánchez tem consolidado uma defesa forte, sofrendo poucos gols na temporada.
Grupo D – São Paulo
- Libertad (PAR): Dominante no Paraguai nos últimos anos, vem forte para a Libertadores. Com Roque Santa Cruz ainda brilhando aos 43 anos, o time mistura juventude e experiência. O goleiro Martín Silva e o zagueiro Martín Cáceres são referências defensivas.
- Talleres (ARG): O time argentino tem sido um rival difícil para o Tricolor. Alexander Medina voltou ao comando e tenta recuperar a equipe. O meia Rubén Botta lidera um time que aposta na pressão alta e rápida transição ofensiva.
- Alianza Lima (PER): Após eliminar o Boca Juniors na fase preliminar, o Alianza chega confiante. Com Paolo Guerrero e Hernán Barcos no ataque, o time tem um dos elencos mais experientes da competição. Seu treinador, Néstor Gorosito, aposta em uma equipe equilibrada e com boa bola parada.
Grupo E – Fortaleza
- Racing (ARG): Campeão da Sul-Americana 2024, o Racing é uma equipe forte e ofensiva. O técnico Gustavo Costas aposta em um meio-campo criativo e no poder ofensivo da equipe, que marcou mais de 100 gols na última temporada. Destaque para Matías Zaracho, ex-Atlético-MG, que retornou ao clube.
- Colo-Colo (CHI): Clube mais vitorioso do Chile, o Colo-Colo passa por uma reconstrução após problemas financeiros. O treinador Jorge Almirón, ex-Boca Juniors, tem tentado reorganizar a equipe, que manteve uma defesa sólida, mas ainda carece de um ataque mais produtivo.
- Atlético Bucaramanga (COL): Campeão colombiano de maneira surpreendente, vive uma fase de altos e baixos. O técnico Gustavo Florentín trabalha para recuperar a equipe, que perdeu algumas peças importantes do elenco. O veterano zagueiro Cristián Zapata é uma das referências da defesa.
Grupo F – Bahia e Internacional
- Nacional (URU): Tricampeão da Libertadores, o Nacional é sempre um adversário perigoso. O técnico Martín Lasarte conhece bem a equipe, que conta com a experiência de Nico López, ex-Internacional. O Gran Parque Central, estádio do clube, impõe dificuldades aos visitantes.
- Atlético Nacional (COL): Bicampeão da Libertadores, tem um elenco forte, com destaque para o goleiro David Ospina, ex-Napoli e Arsenal. O técnico Javier Gandolfi aposta em um sistema defensivo sólido e um meio-campo com transições rápidas. Seu estádio, o Atanasio Girardot, é um dos mais intimidantes do continente.
Grupo G – Palmeiras
- Sporting Cristal (PER): Vice-campeão peruano, é um time tradicional, mas sem campanhas recentes expressivas. Com Guillermo Farré no comando, busca um estilo de jogo ofensivo e conta com experiência internacional de alguns jogadores.
- Bolívar (BOL): Campeão boliviano e sempre um desafio na altitude de La Paz (3.637m). Seu treinador, Flavio Robatto, estruturou um time muito forte defensivamente. Fabio Gomes e Patito Rodríguez são as referências ofensivas.
- Cerro Porteño (PAR): Tradicional na Libertadores, o Cerro tem um elenco experiente, com Gatito Fernández no gol e um sistema defensivo bem montado. Apesar de dificuldades recentes, segue sendo um adversário difícil de ser batido, especialmente em Assunção.
Essa fase promete desafios para os clubes brasileiros, que precisarão lidar com pressão, viagens complicadas e estilos de jogo variados. A Libertadores 2025 reserva emoções e muita disputa por uma vaga na fase eliminatória.