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Julgamento de acusado de matar a esposa, o sogro e a sogra vai até sábado

Iniciado na manhã desta quinta-feira, possivelmente só no sábado seja conhecida a sentença do julgamento de Jean Michel de Souza Barros, acusado de matar a própria esposa, a advogada Jaqueline Soares, de 39 anos, o pai dela, o empresário Antonio Soares dos Santos, 65, e a mãe, Helena Marra, 59 anos, no dia 8 de agosto de 2021, na casa da família, na região central de Umuarama.

Neste primeiro dia do julgamento foram ouvidos peritos da Polícia Civil, agentes policiais e a advogada Eveline dos Santos Marra, filha do casal e irmã de Jaqueline. Eveline é juíza em Paranavaí e falou sobre o relacionamento turbulento de Jean Michel com sua família, inclusive com demonstrações de violência.

A mãe teria confidenciado a Eveline que dormia com a porta do quarto trancada com medo do genro.

“Eu privei meu filho da convivência dos avós por medo do Jean”, disse Eveline, para reforçar que toda a família tinha medo do cunhado. “Minha mãe avisou uma semana antes que eles seriam mortos pelo Jean. Nunca tive dúvidas. Tenho certeza que foi o Jean”, afirmou.

 

O que sabe do triplo homicídio

 

Jean Michel é acusado pela morte da esposa e dos sogros. Na manhã do dia 9 de agosto de 2021, quando a empregada doméstica chegou para trabalhar no sobrado em que a família morava, encontrou a casa trancada. Como ela tinha a chave, ao abrir encontou os corpos de Antonio e Helena na cozinha. Os dois tinham sido mortos a facadas. No andar de cima, dentro de uma banheira, foi encontrado o corpo de Jaqueline.

acusado de matar a esposa, o sogro e a sogra
Jaqueline e Jean Michel eram casados, mas viviam em casas diferentes Foto: Arquivo da família

Desde o primeiro momento, a polícia suspeitou que Jean fosse o autor do triplo homicídio, primeiro porque todos os indícios eram de que o crime tinha sido praticado por alguém próximo às vítimas, já que a casa não foi arrombada e não havia sinal de reação por parte das vítimas. Segundo porque se sabia da relação turbulenta do rapaz com a família. Terceiro porque ele estava sob suspeita de desfalque na empresa do sogro, onde trabalhava.

Rapidamente a polícia encontrou provas contra Jean Michel. Imagens de uma câmera de segurança mostraram o momento em que ele parou o carro em uma avenida durante a noite para jogar em uma boca-de-lobo os celulares das pessoas que havia acabo de matar.

O julgamento entrou pela noite nesta quinta-feira e será retomado nesta sexta, quando deverão ser ouvidas outras pessoas das relações das vítimas e dos réus, bem como os policiais que fizeram a investigação. A previsão é de que também Jean Michel seja ouvido nesta sexta-feira.

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