O presidente do Grêmio de Esportes Maringá, Joniel Piassa, o Magrão, participou ao vivo na manhã deste sábado (11) do programa Radar da Notícia – Fim de Semana, pela Rádio Banda 1 FM 92,7, onde falou sobre as expectativas para o julgamento no Pleno do TJD-PR, que ocorre na próxima quinta (16), e revelou em primeira mão a dispensa de 11 jogadores do elenco alvinegro.
O Grêmio de Esportes Maringá vive dias decisivos dentro e fora de campo. Após ser desclassificado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) por uma suposta escalação irregular do atleta João Victor Gualberto Menezes, o clube tenta reverter o resultado no Pleno do TJD, que julgará o recurso na próxima quinta-feira (16) — dois dias antes do início das quartas de final da Terceira Divisão do Campeonato Paranaense.
Enquanto aguarda o novo julgamento, a diretoria dispensou 11 jogadores do elenco, priorizando a permanência somente dos titulares e reservas imediatos , os que não atuavam foram dispensados. O presidente confirmou as mudanças durante a entrevista e disse que o foco agora é manter o grupo principal preparado para qualquer cenário.
Foram desligados Antony, Kaue, Paulo, João (goleiro), Ruan Pablo, Roger, Youmax, João Menezes, Michael, Diogo Amaral e Luiz Paulo — em sua maioria jogadores que atuaram pouco na competição.
Segundo Magrão, a decisão faz parte de uma readequação do grupo caso o recurso seja aceito.
“Estamos focados nos titulares e reservas imediatos. Se o Pleno decidir a nosso favor, pediremos o adiamento da partida e entraremos com força máxima”, explicou o dirigente, que também revelou estar observando novos reforços para possíveis contratações.
Presidente contesta julgamento e fala em “erro técnico”
O julgamento em primeira instância terminou com placar de 3 a 1 contra o Grêmio, e punição de perda de 13 pontos e multa de R$ 1.500. O caso envolve o atacante João Victor Gualberto, de 19 anos, inscrito como atleta amador, mas que, segundo o clube, possuía contrato profissional desde agosto.
No julgamento, o relator do processo votou a favor do Grêmio, mas foi vencido pelos demais auditores.
“O que nos causou estranheza é que o relator apresentou um voto favorável, mas os demais auditores votaram contra, mesmo com toda a documentação provando que não houve má-fé”, disse Magrão.
O presidente explicou que o erro ocorreu no momento do registro na Federação Paranaense de Futebol (FPF), quando um funcionário do setor de cadastro enviou por engano a documentação como atleta não profissional.
“O atleta estava com contrato em carteira, holerite, tudo certinho. Houve uma confusão de registro, que poderia ter sido corrigida pela Federação, se o sistema estivesse funcionando. Fomos punidos por um erro técnico, não por tentativa de fraude”, defendeu.
O dirigente afirmou ainda que o clube agirá até a última instância para reverter a punição.
“Se o Pleno não nos der razão, vamos recorrer ao STJD, o que pode inclusive suspender a competição. O Grêmio conquistou sua vaga dentro de campo, e agora busca a justiça fora dele.”
Denúncia, regulamento e punição
A denúncia partiu da Procuradoria do TJD-PR, que apontou irregularidade na escalação de João Victor em três jogos da fase de grupos:
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Grêmio 2×0 Portuguesa Londrinense – 6 de setembro
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Cambé 1×0 Grêmio – 13 de setembro
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Portuguesa Londrinense 3×3 Grêmio – 20 de setembro
O regulamento da competição estabelece que jogadores amadores devem estar vinculados ao clube há pelo menos três meses. Como o contrato profissional do atleta só foi regularizado no sistema em 25 de setembro, o tribunal entendeu que o clube incorreu em infração ao artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê perda de pontos e multa.
Com o julgamento marcado para quinta-feira (16) e o início das quartas previsto para sábado (18), o Grêmio Maringá segue treinando e mantendo a esperança.
“Estamos confiantes. Acreditamos no nosso jurídico e na boa-fé do clube. Não é justo uma equipe tradicional ser eliminada por um erro que poderia ser corrigido administrativamente”, concluiu o presidente.















