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Gaeco deflagra Operação Dalila em Londrina e prende químico em flagrante por cosméticos falsificados

Foto: Divulgação/MPPR

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo de Londrina, deflagrou nesta quinta-feira (2) a Operação Dalila, com foco em desarticular um esquema de produção e comercialização de cosméticos falsificados no norte do Paraná. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais ligados ao grupo investigado, expedidos pelo Juízo das Garantias da 5ª Vara Criminal da comarca.

Durante as diligências, os agentes encontraram uma sala comercial utilizada como depósito para a montagem e venda dos produtos contrafeitos. Um químico, identificado como responsável pelo espaço, foi preso em flagrante. O nome do suspeito não foi divulgado pelas autoridades.

Origem da investigação

As apurações começaram a partir de uma notícia-crime apresentada por uma multinacional francesa de cosméticos, que denunciou às autoridades brasileiras a falsificação de seus produtos. Segundo a denúncia, os itens estavam sendo vendidos em plataformas de e-commerce, com a suspeita de também haver comercialização em uma loja física de Londrina.

O inquérito policial nº 0034251-10.2025.8.16.0014 aponta que os investigados estariam vendendo, expondo à venda e mantendo em depósito cosméticos falsificados.

O que foi apreendido

No depósito, os agentes recolheram frascos, tampas, rótulos, etiquetas, embalagens e equipamentos eletrônicos, além de xampus, cremes, condicionadores e colas para cílios já prontos para comercialização.

De acordo com o Gaeco, a venda não era feita por preços abaixo do mercado, o que dificultava a identificação imediata dos produtos falsificados. Contudo, consumidores relataram em plataformas digitais a suspeita de falsificação após adquirirem os itens.

Laudos técnicos comprovaram a falsificação, apontando diferenças em rótulos, odor, aparência e, em alguns casos, ausência de conservantes ou pH fora das especificações, o que pode representar riscos à saúde.

Crimes investigados

Os fatos podem configurar os crimes de falsificação de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, incluindo cosméticos (art. 273, §§ 1º e 1º-A do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do CP), além de delitos previstos na Lei da Propriedade Industrial (Lei 9.279/96) e no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90).

A Justiça também autorizou a quebra do sigilo de dados de aparelhos eletrônicos apreendidos. A investigação segue em andamento para identificar toda a cadeia envolvida, incluindo a indústria responsável pela produção e eventuais canais de distribuição.

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