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Funcionários do Hospital Psiquiátrico de Maringá reclamam de atraso no pagamento dos salários

Dois meses após ser interditado pela Prefeitura de Maringá, por apresentar problemas na estrutura, ausência de detalhamento em prontuários, além de estar com a licença vencida desde o mês de abril, e ter tido, nesta semana, direito negado pela Justiça de voltar a funcionar, a direção da unidade hospitalar tem outro problema para resolver. Alguns funcionários entraram em contato com a CBN reclamando do atraso do pagamento de salários e a falta de depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Um dos profissionais, que não quis se identificar, fala o que vem acontecendo no Hospital Psiquiátrico de Maringá. “Porque seria depositado de forma integral, só que porque como não tem paciente então não tem necessidade de trabalhar, então nós assinamos essa licença com a intenção de receber esse salário. Então algumas pessoas da higienização e da manutenção trabalharam um mês fechado…nós ficamos alternando dias trabalhados no caso da enfermagem, pela falta de paciente. A gente tinha a fé de que esse pagamento ia ser depositado, só que sem paciente o hospital alega que não tem o dinheiro para pagar, porque como foi interditado pela vigilância, a Prefeitura fazia o repasse dos pacientes”.

A sugestão da direção do hospital, segundo esse funcionário, é pagar um percentual dos valores devidos, que varia entre 15% e 40%, dependendo do cargo de cada trabalhador.

Se o repasse do salário de agosto não foi feito integralmente, o de setembro também não deverá ter data para ser depositado. A direção do hospital não sabe passar a informação de quando o dinheiro vai cair na conta dos funcionários.

Os funcionários permanecem com vínculo empregatício com o hospital até que seja definido se haverá ou não o retorno das atividades, o que deve acontecer até o dia 15 de outubro.

A CBN entrou em contato com a diretora do Hospital Psiquiátrico de Maringá, Maria Emília Parisoto de Mendonça, que enviou uma nota. Leia na íntegra:

Hospital está desde abril aguardando a liberação da renovação do alvará pela Vigilância Sanitária para voltar a funcionar. Já realizou algumas obras de adequação. Já enviou todos os documentos e solicitações da Vigilância e, embora sem nenhum paciente, continua mantendo quadro de funcionários. Diante da situação, está aguardando liberação para voltar a funcionar. E que ressalta a importância do hospital, não somente para Maringá, mas para todo o Estado do Paraná. Vale lembrar que há fila de espera para internações na Central de Leitos do Paraná. Por isso, é imprescindível que o hospital volte a funcionar o mais breve possível