A Polícia Civil do Paraná prendeu nesta quinta-feira, 13, em Curitiba, um homem de 51 anos suspeito de comercializar ilegalmente armas de fogo com traficantes do Rio de Janeiro. A ação cumpriu dois mandados de busca e apreensão no âmbito de investigação conjunta com a Polícia Civil fluminense contra o tráfico de armas.
Segundo a PCPR, o suspeito é ex-militar da Aeronáutica e possuía registro de Colecionador, Atirador e Caçador. Ele foi autuado em flagrante por posse irregular de armas e munições de uso restrito, porque o armamento e a munição apreendidos não tinham documentação.
No endereço do investigado, no bairro Guaíra, os policiais recolheram 83 armas de fogo entre pistolas, carabinas, espingardas e revólveres, mais de 3 mil munições intactas de diversos calibres, inclusive restritos, e 12 mil estojos de munição que seriam recarregados no local ou vendidos a outros fabricantes. Máquinas e insumos para recarga também foram apreendidos e o material segue para perícia.
As apurações indicam que o investigado negociava armas e munições com traficantes do Rio e fornecia orientações sobre fabricação de armamentos. A polícia verifica ainda possível fornecimento a grupos criminosos de Curitiba e de outras cidades do Paraná e busca identificar destinatários e a origem dos insumos.
De acordo com a Polícia Civil do Rio, a investigação teve início a partir da análise de dados de dispositivos eletrônicos apreendidos em outras ações. O conteúdo revelou comunicações, trocas de arquivos e registros audiovisuais que demonstram negociações de armas, munições e insumos entre criminosos do Rio e do Paraná.
Os investigadores apontam relações estáveis entre fabricantes, intermediários e compradores, com produção de munições de diversos calibres e venda de fuzis e metralhadoras de fabricação artesanal. O grupo lucrava entre 100% e 150% e usava transportadoras privadas para envio clandestino, orientando terceiros a ocultar o material e a identidade do remetente. Também foram identificados pontos de fabricação e armazenamento com ferramentas, peças, insumos e equipamentos de recarga. As investigações continuam.















