O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a proximidade do chamado Centrão com o Palácio do Planalto. Nesta quinta-feira, ele confirmou a ida do presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), para o comando da Casa Civil. Em entrevista nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que ele próprio é do Centrão e defendeu o grupo político afirmando que o termo é “pejorativo”.
— O Centrão é um nome pejorativo. Eu sou do Centrão. Eu fui do PP metade do meu tempo. Fui do PTB, fui do então PFL. No passado, integrei siglas que foram extintas, como PRB, PPB. O PP, lá atrás, foi extinto. Depois, nasceu novamente da fusão do PDS com o PPB, se não me engano — afirmou.
— Agora, nós temos 513 parlamentares. O tal Centrão são alguns partidos que lá trás se uniram na campanha do (ex-governador de São Paulo Geraldo) Alckmin e ficou, então, rotulado Centrão como algo pejorativo, algo danoso à nação. Não tem nada a ver. Eu nasci de lá — continuou, em entrevista à Rádio Banda B.
O posicionamento de Bolsonaro em relação ao Centrão agora, porém, é diferente do adotado por ele e seus aliados durante das eleições de 2018. À época, o atual ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, ao fazer referência ao grupo, chegou a cantar: “Se gritar ‘pega Centrão’, não fica um, meu irmão”. Atualmente, ministros como Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e João Roma (Cidadania) também são ligados ao Centrão.
Créditos: O Globo