DESTAQUES DO DIA ESPORTES PARANA

Estado divulga o calendário dos atletas do Paraná nas Paralimpíadas de Tóquio

Foto: Divulgação
O Govereno do Estado divulga o calendário de competições dos atletas paranaenses nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que começam nesta terça-feira (24.08), com abertura oficial às 8 horas (horário de Brasília). O Paraná está representado por delegação formada por 25 pessoas, das quais 24 são bolsistas do Programa Geração Olímpica e mais um atleta, Ronan Cordeiro, contemplado pelo Programa de Fomento e Incentivo aos Esporte – Proesporte.

São 20 atletas e cinco técnicos, número que supera o alcançado na Paralimpíada Rio 2016, quando 18 integrantes do Paraná estiveram competindo. Destaque para o trio Jefinho, Cássio e Gledsonm, que defende a seleção brasileira de Futebol de 5, para cegos, atuais tetracampeões paralímpicos e favoritos ao ouro.

Grandes chances de medalha também para os irmãos da bocha, Elise e Marcelo Santos, medalhistas de prata na Rio 2016. Jovane Guissone, da esgrima em cadeira de rodas, é outro que briga por uma medalha. Ele foi campeão paralímpico em Londres 2012. Atenção também para a equipe masculina do vôlei sentado, que terá três representantes do estado: Daniel Jorge, Anderson Silva e Alex Pereira. A equipe é tetracampeão parapan-americana e foi 4ª colocada na Rio 2016.

Confira o ​​​​​​guia completo com os dias e horários das competições dos representantes do Paraná. A tabela será atualizada conforme os atletas passem para as próximas fases da competição.

Os primeiros a entrarem em competição em Tóquio são:

24/08 – Eric Tobera | Natação – Eliminatórias dos 50m peito | Classe SB3 | 22h12

25/08 – Eric Tobera | Natação – Eliminatórias dos 100m peito | Classe S4 | a partir das 21h

25/08 – Jovane Guissone | Esgrima em Cadeira de Rodas –  espada | Classe B | a partir das 21h

25/08 – Carminha Oliveira | Esgrima em Cadeira de Rodas –  espada | Classe A | a partir das 21h

PERFIS – Conheça o perfil dos representantes do Paraná nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

ADRIANA GOMES DE AZEVEDO | @dricaatleta

Canoagem – Classe: KL1

Adriana teve poliomielite aos 11 meses de vida. Com menos de 2 anos, começou a nadar. Aos 18, começou a competir pela natação. Aos 32 anos, recebeu o diagnóstico de Síndrome Pós-Poliomielite, que causa degeneração muscular. Em 2016, buscou na paracanoagem um novo estímulo para continuar no esporte. Principais conquistas: Vice-campeã Sul-americana em 2017.

ALEX  PEREIRA WITKOVSKI | @alexwitkovski 

Vôlei sentado – Classe: VS1 – Posição: Ponteiro e passador

Alex é um soldado reformado da Polícia do Exército. Em 2012, foi atropelado por um caminhão descontrolado enquanto trabalhava. O paraense amputou a perna direita acima do joelho. Em 2017, conheceu o vôlei sentado e foi convocado pela primeira vez para treinar com a Seleção Brasileira em 2019. Principais conquistas: Ouro nos Jogos ParapanAmericanos Lima 2019; bronze no Mundial da Holanda 2018;

ANDERSON RODRIGUES DOS SANTOS | @negoander

Vôlei Sentado – Classe: VS1 – Posição: Central

Em 2010, Anderson sofreu um acidente de moto e teve sua perna direita amputada abaixo do joelho. Procurou o esporte por orientação médica. Principais conquistas: Ouro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze no Mundial da Holanda 2018;

ANDRÉ YAMAZAKI PEREIRA | @andreyamazaki21

Técnico de Natação Paralímpica – Treinador das nadadoras Beatriz Carneiro e Débora Carneiro

História: Graduado em Educação Física na Universidade Estadual de Maringá com habilitação nível 3 no Comitê Paralímpico Brasileiro de Natação e formação em Gestão Esportiva no Instituto Olímpico Brasileiro.

BEATRIZ BORGES CARNEIRO | @beatriz.carneirooficial

Natação Paralímpica – Classe: S14

Beatriz foi diagnosticada aos 6 anos com deficiência intelectual. Iniciou a natação como hobby e, aos 12 anos, começou a competir. Sua primeira competição internacional foi em 2017, no México, em Aguascalientes, no Mundial da INAS. Principais conquistas: Ouro nos 200m medley, prata nos 100m peito e bronze nos 200m livre nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata nos 100m peito, no Mundial da Cidade do México, em 2017.

CARMINHA CELESTINA DE OLIVEIRA | @carmemoliveira_2017

Esgrima em Cadeira de Rodas – Categoria A – Espada e Florete

Carminha tem uma atrofia na parte inferior da perna direita por causa de uma vacina de poliomielite vencida que ela tomou quando tinha apenas três anos. Ela conheceu o Movimento Paralímpico ao assistir os Jogos Rio 2016 pela televisão. Carminha praticou o tênis de mesa antes de migrar para a esgrima. Principais conquistas: Prata na espada no Regional das Américas em Saskatoon (Canadá) 2018.

CÁSSIO LOPES DOS REIS | @cassioreis.oficial

Futebol 5 – Classe B1-  Posição: Fixo/Ala defensivo

Um deslocamento de retina seguido de catarata tirou a visão de Cássio, aos 14 anos. Na infância, já havia praticado esporte e aos 20 anos começou no futebol de 5. Principais conquistas: Tricampeão dos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; bicampeão dos Jogos Paralímpicos (Rio 2016 e Londres 2012) e tricampeão Mundial (Madri 2018, Japão 2014 e Inglaterra 2010).

DANIEL JORGE DA SILVA | @danielparavolei

Vôlei sentado – Classe VS1 – Posição: Levantador

Em 2000, durante um assalto, Daniel levou um tiro. Devido a problemas circulatórios, teve a perna direita amputada abaixo do joelho. Conheceu o vôlei sentado em 2004, a convite dos seus amigos Anderson e Carlos Jacó, que jogaram nos Jogos Paralímpicos de Sydney 2000 e Atenas 2004. Principais conquistas: Bronze no Mundial da Holanda 2018; duas pratas no Mundial (China 2016 e Polônia 2014); tetracampeão dos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007).

DÉBORA BORGES CARNEIRO | @debora.carneirooficial

Natação Paralímpica – Classe S14

Débora nasceu com deficiência intelectual grau moderado. Conheceu a natação em 2013, pela ABDEM, quando tinha 14 anos. Sua primeira competição internacional foi em 2017, no México, no Mundial da INAS. Principais conquistas: Bronze nos 100m peito no Mundial de Londres 2019; ouro nos 100m peito e prata nos 100m medley nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

ELISEU DOS SANTOS | @eliseubc4

Bocha – Classe BC4

Devido a uma distrofia muscular, Eliseu perdeu gradativamente os movimentos dos membros superiores. Na infância, chegou a praticar futebol. Conheceu a bocha aos 29 anos. Principais conquistas: Prata nos pares nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata nos pares nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro no individual e nos pares nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; bronze no individual e ouro nos pares nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012; bronze no individual e ouro nos pares nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008.

ERIC TOBERA | @eric.tobera

Natação Paralímpica – Classe S4

Eric nasceu prematuro e sofreu uma paralisia cerebral. Por meio do esporte, superou a depressão e iniciou sua trajetória no atletismo. Conheceu seu atual técnico, Rui Menslin, que o convidou a treinar em natação Curitiba. Recordista brasileiro dos 50m livre

FERNANDO BARBOSA DE OLIVEIRA | @fernando.arremesso

Técnico de atletismo paralímpico – Treinador da atleta Tuany Siqueira

Mais conhecido como Fernandão, ele treina a atleta paralímpica Tuany Barbosa, categorizado como treinador Nível 3 do Comitê Paralímpico Brasileiro.

GIOVANE VIEIRA DE PAULA | @giovanevieiraoficial

Canoagem – Classe VL3

Sofreu um acidente de trem aos 11 anos e teve a perna esquerda amputada, acima do joelho. Aos 16 anos conheceu a canoagem por meio do exmarido de sua mãe adotiva. Principais conquistas: Ouro no Sul-Americano 2018 na Argentina; ouro no Pan-Americano da modalidade no Equador 2017.

GLEDSON DA PAIXÃO BARROS | @gledson.barros.7

Futebol 5 – Classe B1 – Posição: Ala ofensivo/pivô

Devido a uma atrofia no nervo óptico, Gledson perdeu a visão aos 6 anos. Depois disso, ingressou no Instituto de Cegos da Bahia (ICB) para se reabilitar e conheceu o futebol de 5. Aos 16 anos foi convocado para a Seleção. Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Guadalajara 2011); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; bicampeão Mundial (Madri 2018 e Japão 2014) e ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.

JAMES WALTER LOWRY NETO | @jameslowryneto

Técnico do tiro esportivo – treinador de Alexandre Galgani

É técnico da seleção brasileira paralímpica de tiro esportivo, coordenada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e diretor técnico do Comitê Olímpico do Brasil (COB), nas provas de carabina e pistola Olímpicas. Devido a sua atuação como técnico, já visitou 27 países acompanhando vários atletas em competições. Principais conquistas: campeão brasileiro convencional em 1982, 2012, 2013 e 2015.

JEFERSON DA CONCEIÇÃO GONÇALVES (JEFINHO) | @jefinhofut5

Futebol 5 – Classe B1 – Posição: Ala ofensivo

Aos 7 anos, um glaucoma ocasionou a perda total da visão do jogador. O baiano começou na natação, passou pelo atletismo, mas se encontrou no futebol de 5, aos 12 anos. Foi eleito o melhor jogador do mundo em 2010. Principais conquistas: Tetracampeão dos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007); tricampeão dos Jogos Paralímpicos (Rio 2016, Londres 2012 e Pequim 2008) e tricampeão Mundial (Madri 2018, Japão 2014 e Inglaterra 2010).

JOVANE SILVA GUISSONE | @jovaneguissone

Esgrima em Cadeiras de Roda – Categoria B – Espada e florete

Jovane teve uma lesão na medula aos 22 anos causada por disparo de arma de fogo durante um assalto. Três anos depois do ocorrido, passou a treinar a esgrima e se identificou com a modalidade. Principais conquistas: Ouro na espada na Copa do Mundo de Eger (Hungria) 2020; bronze na espada na Copa do Mundo de Amsterdã 2019; bronze na espada na Copa do Mundo de Tbilisi (Geórgia) 2018; ouro na espada e no florete e bronze no sabre no Regional das Américas em Saskatoon (Canadá) 2018; prata na espada e bronze no florete na Copa do Mundo de Montreal (Canadá) 2018; bronze no florete e na espada na Copa do Mundo de Pisa 2018; bronze no florete e na espada na Copa do Mundo de Eger (Hungria) 2018; prata na espada na Copa do Mundo de Stadskanaal (Holanda) 2017; bronze na espada e no florete na Copa do Mundo em Pisa 2017; prata na espada na Copa do Mundo da Hungria 2016; ouro na espada nos Jogos Paralímpicos Londres 2012.

MARCELO DOS SANTOS | @marcelobc4

Bocha – Classe BC4

Marcelo nasceu com distrofia muscular progressiva. Iniciou na bocha em 2007, por influência do irmão e também atleta da modalidade, Eliseu dos Santos. Competiu oficialmente pela primeira vez em 2009. Principais conquistas: Prata nos pares nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro nos pares e bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; prata nos pares no Mundial da China 2014.

MARCELO FRANCISCO DE OLIVEIRA | @franciscodeoliveira.marcelo

Técnico do vôlei sentado (equipe feminina)

É formado em Educação Física e é auxiliar técnico da Seleção Feminina de Vôlei Sentado.

MARI SANTILLI | @marisantilli2011

Canoagem – Classe KL3

Em 2006, Mari sofreu um acidente de moto e teve a perna esquerda amputada, na altura do joelho. Antes, ela era atleta amadora do triatlo. Após o acidente, Mari começou a fazer provas de travessia no mar e a convite de uma amiga começou a participar de competições oficiais do CPB na natação. Em 2014, migrou para a canoagem e já em 2015 foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira. Mari irá para a sua segunda edição de Jogos Paralímpicos. Principais conquistas: Campeã Pan-Americana da modalidade.

MEG RODRIGUES VITORINO EMMERICH | @megemmerich

Judô Paralímpico – Categoria: Acima de 70kg – Classe B3

Nasceu com atrofia no nervo óptico. Iniciou no judô em 2002 aos 15 anos de idade. Principais conquistas: Ouro nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze no Campeonato Mundial 2018 em Portugal; prata no Campeonato das Américas 2018 no Canadá.

RODRIGO FERLA MARTINS | @taekwondo.rodrigoferla

Técnico do Parataekwondo – Treinador dos atletas Silvana Fernandes, Débora Menezes e Nathan Torquato

O técnico da seleção brasileira de parataekwondo, Rodrigo Ferla. Ele começou a carreira como atleta e hoje é o responsável pela equipe que defenderá o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio a modalidade.

RONAN NUNES CORDEIRO | @ronanncordeiro

Triathlon – Classe PTS5

Ronan tem má-formação congênita na mão esquerda e começou a competir no triatlo em 2018. Antes, competia pela natação, de 2012 a 2018. Principais conquistas: Bronze na etapa da Copa do Mundo de Corunã 2021; bronze no Wolrd Series Yokohama (Japão) 2021; prata na etapa de Alhandra da Copa do Mundo 2020 e bronze na etapa de Funchal na Copa do Mundo 2019.

TUANY PRISCILA BARBOSA SIQUEIRA | @tuanybarbosa_

Atletismo – Classe: F57 – arremesso de peso

Tuany é ex-atleta de judô convencional. Ela sofreu um acidente durante uma luta, em 2014, no Grand Prix de Judô em São José dos Campos (SP), o qual ocasionou deficiência motora e falta de sensibilidade em sua perna direita. Ela começou no atletismo em 2017, por indicação de conhecidos do CPB. Principais conquistas: prata no arremesso de peso e bronze no lançamento de disco nos Jogos ParapanAmericanos de Lima 2019.

VITOR GONÇALVES TAVARES | @vitorgtavares

Parabadminton – Classe SH6

Vitor possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo. Em 2016, ele conheceu o parabadminton no colégio, por meio de um professor que dava aulas para crianças e atletas de alto rendimento e o convidou para praticar a modalidade. Principais conquistas: Três medalhas de bronze no Campeonato Mundial da modalidade na Suíça em 2019; ouro no individual nos Jogos ParapanAmericanos de Lima 2019; ouro no individual e na dupla no Pan-Americano da modalidade de 2018, em Lima.

Com informações de: AEN