Com um livro que aborda o tema do capacitismo, a comunicóloga e escritora de Maringá Hada Maller está na fase final do Jabuti 2022, o mais tradicional prêmio brasileiro.
No dia 8 de novembro, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora da premiação, divulgou os nomes dos cinco finalistas de cada categoria da 64ª edição do evento.
Em Conto (do Eixo: Literatura), Maller entrou com “A ilha dos sentimentos perdidos”, obra publicada de maneira independente em 2021. Seu livro concorre com “A cicatriz e outras histórias” (Alameda Casa Editorial), de Bernardo Kucinski; “A vestida: contos” (Malê), de Eliana Alves Cruz; “Erva brava” (Fósforo), de Paulliny Tort; e “Pretos em Contos – Volume 2” (Aldeia de Palavras), de Cristiane Sobral e Plínio Camillo.
Estreante no mercado de livros, a jovem escritora (22 anos) da Cidade Canção se sente honrada com a classificação. “Eu nunca nem imaginei que isso seria possível, pelo menos não com uma primeira obra e com a minha idade”, diz, em entrevista ao jornal O Maringá. Ela conta ainda que, por causa do prêmio, o livro está tendo mais visibilidade.
Fruto de projeto desenvolvido no curso de graduação em Comunicação e Multimeios da Universidade Estadual de Maringá (UEM), “A ilha dos sentimentos perdidos” narra cinco histórias. Deficiência, preconceito, machismo, autoritarismo, relacionamentos abusivos, amor, tempo, maternidade e loucura são trazidos à tona em um mundo de realismo fantástico.
Maller recorda que acompanhava a discussão do capacitismo e percebeu que era um assunto pouco abordado no meio acadêmico. Assim, essa demanda se tornou o cerne de pesquisa e desenvolvimento de produto no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “Como eu estava na UEM, acho que nada mais justo do que usar o TCC para reverter de alguma forma para a comunidade”.
Todo o trabalho de produção durou em torno de nove meses, entre 2020 e 2021.