Uma mulher confessou ter matado o ex-marido, Pedro Lourenço Junior, em Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e alegou que o crime foi cometido em legítima defesa. O caso aconteceu na madrugada de 29 de setembro, dentro da oficina mecânica onde a vítima morava.
Segundo a Polícia Civil, o corpo apresentava 16 perfurações por faca e também marcas de tiros. A suspeita e um amigo se apresentaram voluntariamente à delegacia e assumiram a autoria do crime. Após prestar depoimento, ela foi ouvida e liberada.
Em entrevista à Ric RECORD, a mulher relatou anos de violência doméstica, afirmando que agiu para salvar a própria vida e a dos quatro filhos do casal.
“Eu matei. Era ele ou eu e as crianças que morreríamos. Ele dizia que ia colocar todo mundo no carro e matar. Um dia ele era bom, no outro era violento, criava fantasias e me batia muito. As crianças me socorreram várias vezes. Não tinha mais o que fazer”, declarou.
O advogado Fábio de Assis, que representa a suspeita, afirmou que ela acreditava que o ex-companheiro planejava assassiná-la.
“Ela tinha informações de que ele receberia dinheiro e usaria esse valor para pagar alguém para dar fim nela e na família. As coisas acabaram tendo o desfecho que tiveram”, disse o defensor.
Família contesta a versão de legítima defesa
Parentes da vítima, entretanto, rebatem a narrativa apresentada pela suspeita e sustentam que o crime pode ter motivação financeira.
“Ele tinha a curatela de uma prima que possuía muitos bens. A ex-mulher dele queria essa curatela para ela e chegou a procurar familiares sobre isso. Logo em seguida, aconteceu o homicídio”, afirmou um familiar.
De acordo com registros policiais, Pedro Lourenço Junior tinha passagens por tráfico de drogas e violência doméstica, enquanto a ex-esposa havia sido presa por porte ilegal de arma em julho deste ano.
Com informações de Banda B.















