DESTAQUES DO DIA

Em “Orelha de jegue”, Messias Mendes relembra a exploração dos lavradores nos cafezais do Paraná

O jornalista Messias Mendes, um dos mais antigos de Maringá e ainda em plena atividade, lança nos próximos dias o livro “Orelha de jegue – Memórias de um repórter nordestino”, em que conta a história de famílias que vieram do Nordeste para trabalhar nas lavouras de café no Paraná e muitas vezes acabaram sendo submetidas a trabalho análogo a escravidão.

E Messias sabe do que está falando, porque sua própria família passou por essa situação. Tanto que o nome do livro, “Orelha de jegue”, é uma referência ao vale que os trabalhadores rurais tinham que pedir ao patrão ou ao gato, vale esse que não tinha qualquer registro e com isto o patrão ou o gato podiam falsificar como queriam o valor do adiantamento.

Orelha de Jegue
Agora aposentado, o jornalista Messias Mendes decidiu colocar em um livro fatos que viu e viveu, mas poda publicar nos jornais em que trabahou Foto: Arquivo pessoal

No livro Messias Mendes conta ainda boa parte de sua experiência como jornalista que foi testemunha de fatos ocorridos nos últimos 55 anos em Maringá. Ele começou no Jornalismo na década de 1960, na Folha do Norte do Paraná, integrou a Redação do O Diário nos primeiros anos da publicação, permaneceu muitos anos na sucursal da Folha de Londrina, na TV Cultura/RPC e editou uma revista. Agora, aposentado, encontrou tempo para escrever sobre coisas que viu e não pode ser publicado como reportagem nos jornais em que trabalhou.

Sending
User Review
0/10 (0 votes)