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Em Maringá, cai o número de mortes por Covid entre os idosos, mas óbitos de jovens preocupa.

Foto: Giorgos Moutafis/Reuters
O Observatório Covid UniCesumar Codem – que analisa os dados epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Saúde de Maringá – anunciou novos números sobre o avanço do vírus da Covid 19 no município. Desta vez, chama a atenção o aumento de mortes de jovens entre 20 e 39 anos de idade e a redução de óbitos de idosos.

O coordenador do Observatório Covid, Guaracy Silva, diretor da pós-graduação da UniCesumar e presidente da Câmara Técnica de Educação do Codem, acredita que os jovens estão relaxando com as medidas preventivas pois tem a falsa sensação que a doença está regredindo. Mas não está. Em março, foram 16 mortes contra 82 mortes registradas em junho. “Isso representa um aumento cinco vezes maior de óbitos na faixa dos 20 e 39 anos”, alerta o professor.

Por outro lado, a redução de mortes de idosos, pessoas acima de 60 anos, tem reduzido de maneira significativa. “O volume de óbitos de idosos em junho é um terço do que ocorreu em março e metade do que aconteceu em abril. Faleceu menos idosos do que na faixa de adultos entre 40 e 59 anos. Independente da marca do imunizante, os resultados são satisfatórios”, completa.

Essa melhoria não se aplica necessariamente no número de casos. O número ainda é alto e mostra que o vírus continuará circulando até uma vacinação mais efetiva. Em 2021 a pandemia está muito mais severa do que no ano passado. A última média móvel foi de 126,57. Mesmo sendo a metade do registrado há 30 dias, o número ainda é alto em comparação à média móvel de 2020.

O mesmo se aplica ao número de óbitos. A última média móvel foi de 6,29, número bem menor em relação aos outros meses, mas ainda preocupante. “Há ainda o perigo das novas variantes, mas o importante é a redução de casos que se agravam e evoluem para o óbito”.

Dentro do histórico do percentual da população imunizada contra a COVID-19 em Maringá, 56 % da população já tomou a primeira dose e 15,26 % já foram imunizados. O que mais se espera é uma redução maior de contágios na medida que a população é vacinada. “A vacinação reduz, mas não freia a contaminação pelo vírus”, finaliza.
Fonte: Marcelo Bulgarelli