O londrinense Matheus Viniccius Ribeiro Petriv, mais conhecido como Boca Aberta Jr, que foi o deputado mais novo a se eleger para a legislatura passada na Assembleia Legislativa do Paraná, com quase 40 mil votos, e na tentativa de reeleição obteve apenas 17 mil votos, ficando longe de continuar deputado, acaba de sofrer mais um revés. Novos problemas surge para o ex-deputado, a começar pela denúncia por prática de rachadinha.
Segundo o jornalista e escritor José Pedrialli, em seu blog, a Assembleia Legislativa do Paraná exonerou o ex-deputado do cargo comissionado que assumiu em março deste ano, um mês depois de concluir o mandato.
Boca Aberta Jr. foi nomeado assessor da Liderança do PP na Assembleia, com salário de R$ 20 mil, mesmo respondendo na Justiça por peculato e nepotismo.
A exoneração foi publicada hoje no Diário Oficial, dois dias depois de o Ministério Público divulgar nova denúncia – aceita pela 3ª Vara Criminal de Londrina – contra ele e seus pais pela prática de “rachadinha” quando exercia o mandato de deputado.
Com o novo processo contra o jovem ex-deputado, a família Boca Aberta torna-se campeã de problemas com a Justiça. Seus pais são o ex-vereador e ex-deputado federal Emerson Miguel Petriv, o Boca Aberta, que teve o mandato cassado na Câmara de Vereadores e na Câmara dos Deputados, e a vereadora londrinense Mara Boca Aberta já acumula representações por quebra de decoro.
Boca Aberta Júnior é réu por peculato por desviar kits escolares doados pelo governo do Estado e por contratar em seu gabinete na Assembleia a cunhada Paula Beatriz da Luz com salário também de R$ 20 mil. Ele ainda era deputado quando foi denunciado por prática de rachadinha.
Boca Aberta Júnior exerceu apenas um mandato. Na eleição passada, foi derrotado na tentativa de reeleição e sua mãe idem, ao tentar uma vaga na Câmara dos Deputados. Mas, para piorar a situação, o ex-parlamentar pode ser preso, aliás, toda a família que estreou na política: o MP está pedindo a prisão de pai, mãe e filho por fraude eleitoral.
