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Comandante da PM que agrediu mulher e disparou arma em via pública é preso; VÍDEO

O tenente Deivison de Oliveira Bento, comandante da Polícia Militar em Novo Aripuanã (a 336 km de Manaus), foi preso preventivamente nesta segunda-feira (5), após ser flagrado agredindo uma mulher e efetuando disparo de arma de fogo em via pública. O caso ocorreu no dia 27 de abril e gerou ampla repercussão nas redes sociais, culminando na deflagração da operação “Feridas na Alma”, do Ministério Público do Amazonas (MPAM).

Imagens gravadas por testemunhas mostram o momento em que o oficial empurra uma mulher com violência, fazendo com que ela caia ao chão. Em seguida, ele saca uma arma e dispara para o alto. Segundo o MP, o policial estava fora de serviço no momento da ocorrência.

Além da mulher registrada no vídeo, outra vítima também relatou agressões cometidas pelo mesmo oficial, incluindo um tapa no tórax, uso de spray de pimenta e dano ao aparelho celular. Com base nos relatos e provas reunidas, o MP identificou indícios de crimes como lesão corporal qualificada por motivo de gênero, dano qualificado e disparo de arma de fogo fora dos protocolos da corporação.

A promotora Jéssica Vitoriano Gomes, da Promotoria de Justiça de Novo Aripuanã, afirmou que a prisão preventiva visa coibir novas condutas violentas e garantir o andamento regular das investigações. A operação contou com apoio das 60ª e 61ª Promotorias de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública, que acompanham casos de abusos cometidos por agentes da segurança pública.

O promotor Armando Gurgel Maia destacou que o episódio teve claro viés de violência de gênero, já que todas as vítimas eram mulheres. Segundo apuração do MP, o conflito teve início após o policial tentar comprar bebidas alcoólicas fiado em um comércio local. Diante da recusa da funcionária, o comportamento do oficial escalou para agressões físicas e o uso indevido da arma.

O tenente foi preso em Manaus e permanece detido enquanto o caso segue sob investigação. A Polícia Militar do Amazonas instaurou um procedimento disciplinar interno para apurar a conduta do oficial. Em nota, o Comando-Geral da corporação afirmou colaborar com o MP e reiterou o compromisso da PM com a legalidade e a ética no serviço público.

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